2020 PROVOU QUE SOMOS TODOS IGUAIS –

Os questionamentos e as agressões envolvendo todos os tipos de diferenças entre pessoas, têm sido o foco nesses momentos que vivemos, principalmente nos últimos anos. Agride-se, mata-se, odeia-se, sofre-se e muitas vidas são separadas ou perdidas. Vários são os motivos questionados. O questionamento de um Deus, é uma das principais e mais antigas divergências, reforça isso como se existissem vários Deuses, se é que existe para alguns. Em nome Dele se mata vidas humanos há vários anos. Qual seria o Deus verdadeiro? O meu ou o seu?  A cor do corpo é outra causa que de a muito também se mata. E a opção sexual? O poder político, o poder do dinheiro, o poder da força física e muitas outras diferença também são motivos para uma agressão ou um poder de pressão sobre o outro.

Essa pandemia mostrou que não estávamos preparados para essa eventualidade. A ciência, ou melhor os cientistas subestimaram a gravidade e a agressividade dessa doença. Apesar de há 1 século termos vivenciado algo semelhante, como a Gripe Espanhola e outras epidemias de menor globalização, nada mudou no enfrentamento inicial dessa pandemia atual. Foram subestimadas ações já conhecidas, porém relegadas pela alto suficiência, pela ganância, pelos interesses corporativos e disputas do poder político ou financeiro. A humanidade ficou sem comando, sem opção e com pavor da incerteza da sobrevivência.

Todas as diferenças desapareceram diante dessa força devastadora que ocupa todo o planeta, sufocando todos de uma forma igual. Não tem como fugir, não tem como se esconder, não tem como se proteger diante da incerteza, da desinformação e da dúvida. 2020, ficará na memória de todos. Os velhos que o tempo rapidamente levará e com eles essa lembrança e os novos que guardarão por muito mais tempo a lembrança e o sofrimento que todos passamos. Quando será que ela vai embora, se é que ela vai. A Gripe Espanhola, ficou ativa no mundo por 3 anos, e essa como será? Tudo uma incógnita. Nada se sabe ainda do seu comportamento. Que lições levaremos disso tudo. Por que nas tragédias muito se aprende, se cria e se inova. Será que os últimos modelos sociais, econômicos e políticos são corretos ou devemos revê-los? Será que a Globalização, as reservas de mercado, os investimentos nas altas tecnologias e subestimando as mais simples, porém sempre eficazes, deverão ser terceirizadas ou desprezadas?  Será que devemos abrir totalmente as fronteiras para a emigração, sem controle? Será que devemos acolher todos, sem vigilância sanitária nas fronteiras, ou devemos exigir a comprovação de livre contaminação. Será que tudo isso será possível?

Muito teremos que rever, no entanto uma grande lição todos tiramos dessa pandemia. Somos todos iguais e todos vulneráveis. Que isso sirva para nos respeitarmos mais uns aos outros, reconhecer que todos temos o que aprender com o outro e não se consegue manter uma proteção individualizada ou corporativa. Em maior ou menor tempo seremos atingidos pelo fator agressor.

Então amigos, aproveitemos as lições dessa pandemia do coronavírus de 2020. Somos todos iguais, só escaparemos quando acreditarmos no envolvimento de todos, compartilhando os ensinamentos e os novos conhecimentos.

“Amarmos uns aos outros” é a frase antiga e verdadeira para a nossa sobrevivência nesse planeta.

 

 

 

 

Maciel Matias – Médico mastologista, [email protected]

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