A BOA CONVERSA –
A boa convivência social nos dá uma longevidade sadia. É o nosso bálsamo vital.
Quando avançamos na idade, é quandomais precisamos da convivência social. É nessa fase da vida que a distância, a ausência e a falta da boa e saudável conversa passam a incomodar, chegando aser maléfica, com danos mentais significativos, como a depressão.
Precisamos conversar e procurar se inteirar do que está acontecendo no país, no mundo e, particularmente, com as pessoas que nos cercam.
É necessário manter sempre a cabeça pensante, ativa, atualizada e com ingredientes indispensáveis, como: a leitura, a alegria, o sorriso e o prazer indispensável da boa conversa.
Não existe idade para jogar a toalha, para entregar os pontos e se afastar da vida. A vida é nossa, e dela não podemos nosafastar jamais.
O avanço da idade é acompanhado pelo avanço da sabedoria. A sapiência é longeva.
É nossa a responsabilidade de transmitir aos jovens aquilo que aprendemos de bom.“Se não sabes, aprende; se sabes ensina.”(Confúcio).
A história mostra que as cabeças envelhecidas acolhem, guardam e criam grandes reservatórios de sabedoria.
O saber e a experiência caminham lada a lado, passo a passo com o envelhecimento. É assim que o mundo avança, prospera e se renova.
Precisamos nos manter acordados, acesos e ativos. O silêncio e o isolamento travam e atrofiam a atividade cerebral, facilitando a visita de inimigos mórbidos indesejáveis.
Graças a esses felizes e saudáveis momentos é que mantemos a chama acesa da existência, evitando que o facho da vida não se apague, não esfrie; que a escuridão do isolamento não venha dominar e vencer o brilho e a luz da convivência humana, levando ao estado de depressão
Não esquecer que a boa roda de conversa, o esperto cafezinho, as boas amizades são indispensáveis para aquecer e afastar as friezas das mazelas da vida.
Berilo de Castro – Médico e Escritor, [email protected]