A COPA VEM AÍ –
Estamos em véspera de mais uma Copa do Mundo de Futebol (novembro/2022) – o maior e o mais popular evento esportivo do Planeta. O local escolhido: o Catar, Península Árabe, no litoral do Golfo Pérsico. Calor de torrar os miolos da cabeça.
Se voltarmos no tempo, vem a lembrança das nossas seleções, quando eram formadas tão somente por jogadores que atuavam em competições nacionais (puro sangue). Existia, sim, uma vibração contagiante, um momento nervoso, de muita expectativa em saber a lista de jogadores convocados; torcidas e mais torcidas para ver os nomes dos seus ídolos na lista de convocação. Hoje, não mais! Arrefeceu!
A última Copa levantada pelo Brasil foi no Japão, no ano de 2002, contra a forte equipe da Alemanha; estamos assim, “comendo” um jejum de vinte anos, sem sentir o “gosto” e o prazer de levantar o desejado e cobiçado troféu.
Não sei bem se o fato coincide ou tem a ver com a forte e intensa migração dos nossos atletas para os continentes Europeu e Asiático; a bem da verdade é que sentimos falta daquela empolgação, daquele entusiasmo, daquela salutar convivência do elenco e comissão técnica, de épocas passadas e vitoriosas.
O nosso futebol tem sofrido mudanças bem incisivas e bem peculiares em decorrências da alta valorização dos atletas; com isso, logo cedo perdemos os nossos futuros craques, não conseguindo mantê-los por mais tempo em nossa convivência.
O resultado é o que estamos lidando com seleções formadas literalmente por jogadores que atuam fora do país. Muitos, até, desconhecidos. Infelizmente, com esse desenho na prancheta, não estamos colhendo frutos positivos. Passamos a ser um simples competidor em Copas do Mundo. Já não mais amedrontamos ninguém; perdemos a nossa identidade de super penta campeões do mundo. É desanimador, é lamentável!
Os nossos jogadores (estrangeiros) são vistos, enaltecidos e anunciados como os melhores e mais caros do mundo – pura verdade, sim! E por que não formamos seleções de excelência e vencedoras? O que está acontecendo? O que está faltando? Será que as gordas contas bancárias, recheadas de euros estão esfriando o ânimo e influenciando para o não rendimento dos nossos atletas? A verdade é que não está dando liga. Estamos sem credibilidade. Será que vamos ter que imitar um dirigente de um clube paulista, que, em momento inglória, mandou contratar a peso de ouro, o famosíssimo jogador “entrosamento” para poder armar bem o seu time e ser super vitorioso? Será possível?
A coisa está preta, nem o nosso misto de filósofo, psicólogo e treinador Tite está encaixando!
Berilo de Castro – Médico e Escritor, berilodecastro@hotmail.com.br
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