A DISTÂNCIA, A AUSÊNCIA, A FALTA DE CONTATO FÍSICO ACABAM COM O AMOR? – 

Bom, deixemos o romantismo de lado e busquemos a vida prática. Sabemos que nos dias de hoje as distâncias podem ser amenizadas, com a interação através do mundo virtual por exemplo, pois são inúmeras as formas de se manter juntos um do outro. De toda forma, acho que não é essa a grande questão, pois se o amor acorda em nós e se estivermos conectados, ainda que distantes, teremos ou não a ausência. Aí sim, é ela, a ausência que nos fala em que ponto o amor se sustenta, perece ou cresce.

Ausência…

Não é a distância e nem a falta do contato físico que afastam os sentimentos, mas a ausência do amor nas relações é que nos faz sentir saudades da presença daquele sentimento maior e que acaba por se transformar em lembranças.

A ausência pode ser proposital, petulante ou irracional, pode ser uma ausência compartilhada, posto que o que machuca é a ausência do que aquece e vitaliza os sentimentos e nos torna, ou não recíprocos. Tenho pensado a ausência como indiferença. Nesse aspecto, arrisco a frágil teoria, não defendida nem definida e apenas pensada por mim de que existem ausências tão cruéis que só ousam, na verdade, punir o amor que não soube amar.

Mas se é amor, como se ausenta? Essa é uma outra história que pode virar uma boa crônica.

Bom, eu sempre achei que não fosse capaz de amar, em tese uma pessoa que não acredita no amor descrito nos romances, aqueles amores recitados nas poesias. Amor romântico cheio de pieguices é bem diferente do que penso, no entanto não caberia a mim divulgar saberes e experiências que eu nunca as vivi, seria imaturo.

Creio que eu não poderia dissertar sobre um tema que não tenho propriedade. Porém, com todos os meus achismos, posso sim arriscar e aí serei bem eu nas minhas impressões, de que amor é amor e não há quem modifique e nem acabe.

Amor supera, espera. Amor que é amor de verdade não se ausenta, não se distancia. Perdoa e oportuniza esperanças de um tempo em que o reencontro das almas possa transformar todas as dores, de um tempo difícil, em possibilidades de reviver o que está dentro de quem sente e vive esse amor.

Amor não morre, se recria, sobreviver e nunca se distancia. Amor é massa, leal e compreensivo, brando e apaziguador. Amor é paciente e bondoso, afinal amor é amor e ponto.

 

 

 

 

 

Flávia Arruda – Pedagoga e escritora, autora do livro As esquinas da minha existência, [email protected]

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