A ENTRONIZAÇÃO DA IDIOTA –
A quarentena do virulento Covid, seja em qual proporção for, pode ocasionar o horror do desemprego, a desgraça da falência e a morte de alguns enfermos. Ou até a possibilidade de mais informações, para os abençoados de subsistência garantida ou outras facilidades mais, decorrentes de situações sociais e trabalhistas. Não cabendo censura ou outras reprovações, posto que essas posições, decorrem de eventos pré Covid.
Estando nesse grupo de privilegiados, aposentado que sou, posso mergulhar com mais tempo no mundo mágico da Netflix. Que disponibiliza um cardápio imenso de películas, ficando eu agradecido com tantas sessões por um módico valor monetário.
Cada filme possibilita um conjunto de reflexões. Como o de ontem, sobre a vida do escultor polonês radicado nos EUA, Stanislaw Szukalski, já desencarnado, numa produção de Leonardo Di Caprio. Szukalski foi um gênio, produziu obras de arte impressionantes e eu nunca havia lido nada a respeito. Mesmo perto dos 60, não sabia de sua passagem pela Terra tempos atrás.
Refletindo sobre isso, comecei a pensar em quantos artistas, cientistas, filósofos, jornalistas, fotógrafos, biólogos, professores, pesquisadores, existem e nem sabemos. Sobressaindo na maior parte das vezes, em toda Terra, as nulidades, com milhões de seguidores, sendo o conjunto planetário ávido por pessoas sem substância, cultura ou conteúdo.
Amealhando riqueza, poder de influência, usufruindo por causa dessa nossa mediocridade de recursos que faltam para vacinas, fome, alimentos, em existências de ostentação exacerbada. Enquanto professores e verdadeiros gênios, sobrevivem de migalhas do sistema e vaquinhas eventuais de amigos e organizações.
E infelizmente no Brasil e nos EUA, presidentes medíocres, verdadeiros representantes da nulidade e do atraso, empoderam retrocessos, dando ibope ao que não presta, em detrimento das coisas corretas, iludindo até pessoas de boa vontade, numa fraude imensa de verdadeiras políticas. Causando com isso entrada dos citados países em processos de deterioração e de identificação com práticas medievais e já sabidamente erráticas.
Mas nosso planeta tem tido esse comportamento desde seu nascimento. Os gênios são apenas curiosidades, as práticas boas são circunstâncias pós graves crises. Na média cotidiana reina a barbárie, a entronização do babaca, a valorização da cultura fácil, baixa, medíocre.
A educação é sempre uma promessa, as boas maneiras uma meta, o caminho do bem, uma filosofia.
Hoje devo ver alguém que bem podia ter tido mais influência e importância.
Os medíocres não passam para a história, mas são tantos, que terminam sendo eles a todo tempo, a própria história real, enquanto os gênios e heróis, são a história educacional.