A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA –

“Pois a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”

(II Epístola Universal do Apóstolo Pedro, capítulo 1, verso 21)

 

De acordo com o Apóstolo Pedro, a própria Bíblia reivindica sua divina inspiração. No livro do Êxodo, que compõe o Pentateuco, capítulo 24, verso 2, lemos: “…e Moisés escreveu todas as palavras do Senhor”. Jesus Cristo resumiu nas palavras “Moisés” e “Profetas” todo o Velho Testamento, conforme lemos na parábola do Rico e Lázaro. Os profetas, por sua vez, reivindicaram estar falando por inspiração de Deus. O profeta Isaías prefacia seu livro dizendo: Ouvi, ó céus e dá ouvidos, ó terra, porque o Senhor é quem fala”. (Livro do Profeta Isaías, capítulo 1, verso 2). O Apóstolo Paulo, o homem a quem Jesus Cristo confiou a chave para que ele abrisse as portas do céu para os gentios, afirma em resumo: Toda a Escritura é dada ao mundo por inspiração de Deus”.

Quais são, porém, as evidências que reclamam a divina inspiração da Bíblia? Vejamos, em resumo:

I – SUA UNIDADE.

A maravilhosa unidade da Bíblia atesta sua origem divina. Ela foi escrita por aproximadamente 57 autores diferentes, que consumiram um lapso de mil e quinhentos anos, dentro da vastíssima área da Babilônia até Roma. Quando, porém, cada porção dela foi reunida sob a orientação do Santo Espírito, sua seqüência contou uma história completa, cujos episódios e relatos se confirmaram sem discrepância, como se escrita por um homem, num só lugar e de um só fôlego.

II – SEU CONTEÚDO.

O conteúdo da Bíblia constitui outra evidência de sua celeste inspiração. Ela encerra verdades inéditas, isto é, jamais encontrada em outra parte. Essas verdades constituem fontes inexauríveis. Assemelham-se a joias preciosas de mil e uma facetas, dando-lhe cada faceta maior encanto. De cada palavra, de cada versículo, de cada parábola, podemos ouvir dezenas de sermões sem que qualquer deles desdiga ou desminta o outro.

O conteúdo da Bíblia caracteriza-se pela sua atualidade. Ela foi oportuna antes de Cristo; na vigência de seu ministério no mundo; na era apostólica, e perdurará para sempre, como disse Jesus, sem que dela possa ser omitido um jota ou um til.

Não ocorre a mesma coisa em relação aos trabalhos de filosofia, ciência, arte ou literatura. O teólogo A. T. Robertson diz: “Por mais de 50 anos estudo este livro; mas sempre que abro o Novo Testamento lá está uma coisa nova para mim”. Não se pode dizer isso de qualquer outro livro.

A Bíblia não é apenas a profecia, mas o fiel cumprimento de cada uma delas. De nenhum outro livro fez Cristo qualquer citação. Entretanto, em cada uma de suas mensagens, a confirmava. Sua encarnação e vida, sua morte e ressurreição são confirmações inequívocas do conteúdo da Bíblia.

III – SUA SOBREVIVÊNCIA.

A sobrevivência da Bíblia nos fala de sua natureza divina. Outro livro que, através dos séculos tivesse experimentado a perseguição sem trégua, e a ação do esforço humano para sua destruição, de há muito já teria desaparecido. Embora tivesse ela de flutuar sobre o dilúvio do sangue dos mártires, a Bíblia aí permanece. Em 1809, o inglês Thomas Paine profetizou que dali a um século a Bíblia somente seria encontrada nos museus. Hoje, ela é o livro de maior circulação no mundo, traduzido que foi em mais de 1.500 línguas e dialetos.

Embora sem finalidade de ser um compêndio de História, de Ciência, ou de Literatura, o conteúdo da Bíblia jamais colidiu com esses três ramos do saber humano. E quanto mais a ciência o descobre, tanto mais ela se harmoniza com a eterna verdade do Sagrado Livro. Ademais, a Bíblia não pretende satisfazer curiosidades, mas trazer a mensagem de que o homem necessita para esta vida e para a vida do além. Ela é a história eterna da existência de Deus e da criação do homem, ela é a história da perdição do homem e do perene e tremendo esforço de Deus para sua redenção.

A Bíblia é eterna. Pope diz: “Os mares desaparecerão, os céus se dissolverão em fumaça, as pedras cairão em pó e as montanhas se derreterão, mas a PALAVRA DE DEUS ficará”. Finalmente, a bela análise do teólogo Dargan: “A Bíblia não é um livro que o homem pudesse ou quisesse escrever. Ela traz em si mesma, nas verdades que revela, no excelso caráter moral dos seus ensinos, na permanência e força de sua influência, as provas de sua origem e inspiração divinas”.

Por tudo isso, a Bíblia é, sempre foi e sempre será o romance da eternidade.

 

 

 

 

Josoniel Fonsêca – Advogado, professor universitário, membro da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte – ALEJURN[email protected]

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