Segundo arqueológos, são centenas de milhares de ossos que pertencem a pelo menos 14 tipos de animais e até humanos — Foto: Archeological and anthropological sciences/Via BBC
Segundo arqueológos, são centenas de milhares de ossos que pertencem a pelo menos 14 tipos de animais e até humanos — Foto: Archeological and anthropological sciences/Via BBC

Uma enorme pilha de ossos de animais, provavelmente acumulados por hienas nos últimos 7 mil anos, foi descoberta por arqueólogos no noroeste da Arábia Saudita.

Os ossos foram encontrados em Umm Jirsan, uma extensa rede de túneis formados por atividades vulcânicas.

Imagem de catálogo de ossos achados na Arábia Saudita — Foto: Archeological and anthropological sciences
Imagem de catálogo de ossos achados na Arábia Saudita — Foto: Archeological and anthropological sciences

As descobertas dos pesquisadores foram publicadas recentemente na revista científica Archaeological and Anthropological Sciences.

Segundo o autor principal do estudo, Mathew Stewart, zooarqueológo do Instituto Max Plank para a Ciência da História Humana, na Alemanha, o envolvimento das hienas foi constatado a partir da análise de cortes, mordidas e marcas de digestão dos ossos.

“A hiena-riscada (Hyaena hyaena, também conhecida como hiena-raiada ou hiena-listrada) é um acumulador de ossos muito ávido”, disse Stewart ao site Gizmodo.

Os pesquisadores vinham investigando a área, no campo de lava Harrat Khaybar, na Arábia Saudita, desde 2007, mas só se aventuraram nas profundezas da caverna há alguns meses.

Hienas são animais conhecidos por transportarem ossos para suas tocas, para ser consumidos, armazenados ou alimentar os filhotes.

Umm Jirsan está longe de ser o único exemplo de hienas estocando enormes conjuntos de ossos.

O novo estudo ocorreu como parte do Projeto Paleodesertos, que busca rastrear a migração humana e animal pela Península Arábica. O clima severo da Arábia Saudita torna essa tarefa difícil: as altas temperaturas podem quebrar os ossos, e alguns realmente se desintegram quando tocados.

“O mais surpreendente é quão bem preservado está o material, e quanto material existe, visto que na Arábia Saudita não temos restos de animais, na verdade”, disse Stewart ao Gizmodo.

No Twitter, o pesquisador escreveu que “Umm Jirsan (e outros locais semelhantes na região) provavelmente contém informações valiosas sobre as ecologias e os ambientes do Holoceno na Arábia. Este estudo é apenas a ponta do iceberg.”

Fonte: G1RN

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