A VERDE LEMBRANÇA –
Sempre que passo em frente ao Estádio Juvenal Lamartine, um brilho maior acende em meus olhos.
São lembranças inapagáveis que sempre surgem como borboletas em jardins de primavera.
O filme é antigo, mas o enredo é sempre inovador.
Ano de 1963, tarde de domingo, estádio do Juvenal Lamartine lotado aguardando o desfecho do embate entre as duas melhores equipes de futebol da cidade: ABC FC e Alecrim FC.
Suas torcidas vibrantes e envolventes, alegravam e fechavam o ambiente festivo do domingo de futebol da cidade.
Até os desocupados e amigos do alheio, suspendiam suas ações para assistirem o espetáculo. O momento, era super especial e pessoal. Cada um torcedor querendo vê os seus ídolos em ação.
O Estádio lotado e o suas dependências repletas de curiosos e aflitos torcedores. Das mangueiras do sítio das freiras às dunas (morro do estrondo).
É tarde de futebol, é festa na cidade, é festa do povo.
E eu, um obcecado, vidrado e contumaz assistente do futebol, vibrava com o acontecimento. Tinha o Estádio Juvenal Lamartine (JL) como a minha casa especial de espetáculos.
Daí, veio o meu interesse maior para a prática do futebol; antevia à minha presença em duelos decisivos no gramado do centenário JL
Não demorou muito a minha ascensão; do juvenil do Riachuelo Atlético Clube(RAC) para a titularidade do Alecrim Futebol Clube.
No ano de 1963, o sonho vira realidade; e me vejo fazendo parte da equipe esmeraldina, na caminhada vitoriosa, fechando de forma memorável, com o título de campeão da Cidade.
No ano seguinte (1964), o feito se repetiria e novamente o bairro do Alecrim se vangloriava e, seus moradores saiam às ruas para comemorar mais um título do futebol potiguar.
São lembranças inapagáveis e inesquecíveis registradas nos anais históricos do futebol potiguar.
Verde e vitoriosa lembrança!
Berilo de Castro – Médico e Escritor