Num domingo, pela manhã, reunimo-nos na casa de um dos diretores do Instituto Histórico e Geográfico do RN, com o objetivo de fazermos uma excursão ao litoral deste Estado, objetivando documentar a presença de alguns tipos de Abelhas existentes naquela região.
Munimo-nos de máquinas fotográficas ultra sensíveis, com excelentes níveis de resolução; aparelhos de gravação sonora muito potentes; colocamos em nossas sacolas alguns produtos antialérgicos; soro-antiofídico e outros apetrechos necessários a esse tipo de atividade.
Nossa equipe estava composta de cinco pesquisadores, dispostos a dedicar aquele final de semana às atividades de nossa Instituição.
Cinco horas da manhã, já estávamos em condições de partirmos.
A estrada mapeada, seguia na direção litorânea, passando por algumas praias conhecidas, até alcançarmos a região onde estaria localizado o “marco de Touros”.
Naquele sítio, deixamos a estrada pavimentada e seguimos por uma de areia – estrada vicinal – ladeada por uma vegetação de cajueiros nativos de múltipla variedade.
De fato, percebia-se que aquelas árvores não tinham sido plantadas com nenhuma cautela tecnológica, mas aleatoriamente. Na verdade, eram fruto de plantação a esmo, sem quaisquer intenções de aprimoramento. A variedade das fruteiras era dispare! Existiam cajueiros de coloração amarela! Existiam de coloração vermelha e existiam, também, cajueiros da variedade ”anã.” Alguns desprovidos de castanha; outros com castanhas gigantescas. Alguns dulcíssimos, outros amargos e azedos!
Porém, a cada sombra formada pelas árvores maiores, existiam montículos de frutos parcialmente comidos ou ruídos, apresentando razoável bagaceira, de odor azinhavrado.
Todavia, uma particularidade merecia nossa atenção e o devido registro. Ao redor desses montículos, uma boa quantidade de insetos peludos os rodeavam, tendo, inclusive, a aparência de voo de enxame!
Edgard, munido de telas apropriadas, saiu colhendo alguns insetos e os foi guardando em vasos apropriados, com a cautela de não ser por eles picado.
Às três da tarde, Edgar já havia retido uma centena desses insetos!
O calor estava abrasador e toda a equipe só pensava em descansar um pouco. Cansados e motivados pela fome, escolheram uma árvore frondosa e abrigaram-se em sua sombra, para almoçarem.
Passados uns vinte minutos de descanso, um dos componentes do grupo, olhando para um dos frascos, verbalizou: “Conheço esses “bichinhos”! Trata-se de um tipo de Abelha, produtora de suculento mel, que é, de fato, um riquíssimo alimento.
Um de meus companheiros que participava de um curso de Alimentos e Nutrição, andou escrevendo algo sobre a qualidade do mel das abelhas e fez menção às Abelhas Apis Mellifera Linnaeus, como sendo uma variedade de maior índice de produtividade e de qualidade, enquanto alimento.
Após esse momento, a equipe retornou às atividades da pesquisa e decidiram divulgar pelos meios de comunicação que melhor convier, todo e qualquer resultado, enfatizando os valores do Mel produzido pelas Abelhas no Nordeste do Brasil.
A equipe agradece o apoio da Presidência do IHGRN, no sentido de divulgar todo e qualquer esforço organizado para crescer os valores do conhecimento, incentivando a pesquisa permanente e preservando a memória deste Estado.
Jansen Leiros, Escritor, membro do Instituto Histórico e Geográfico do RN.
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