Abril se tornou o mês com mais mortes registradas por Covid-19 desde o início da pandemia no Rio Grande do Norte, superando março. Ao todo, morreram 939 pessoas vítimas da doença neste mês, que se encerra nesta sexta-feira (30).
O levantamento foi feito pelo Portal G1 baseado nos boletins epidemiológicos da doença e nos dados diários divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Segundo a pasta, algumas das mortes contabilizadas nos boletins não acontecem necessariamente nos dias em que são registradas.
Anteriormente, a maior marca era exatamente no mês anterior, de março, quando 922 pessoas perderam a vida para a doença, mostrando o crescimento da letalidade nesse período.
Entre esses dois meses, inclusive, do dia 17 de março a 15 de abril, o RN registrou pela primeira vez 1 mil mortes pela doença em um intervalo menor que 30 dias. O avanço fez subir de 4 mil para 5 mil o número de mortos pela Covid-19 no estado.
Antes deste atual momento da doença no estado, o período mais crítico em relação à letalidade havia sido em 2020, entre os meses de junho, quando morreram 751 pessoas, e julho, com 767 mortes.
Em todo o ano de 2020, o Rio Grande do Norte confirmou 2.993 mortes por Covid-19. Apenas de janeiro ao dia 28 de abril de 2021, os boletins da Sesap já indicam 2.453 mortes pela doença.
Ao todo, o estado tem registrado 5.446 mortes por Covid-19 e 221.868 casos confirmados da doença desde o início da pandemia.
O estado está desde o dia 1º de março com a taxa de ocupação dos leitos críticos para Covid-19 acima de 90%, tendo apenas um dia nesse período em que atingiu os 89%. Os dados foram consultados no Regula RN na quinta-feira (29).
O RN também ultrapassou neste mês de abril a marca de 700 pessoas que morreram à espera de um leito de UTI Covid no estado. Em março, esse número ultrapassava as 500 vítimas nesta mesma situação.
Segundo o Regula RN, 418 estão internadas nos leitos de UTI da rede pública no estado atualmente. Na quinta-feira (29), a secretária adjunta de Saúde, Maura Sobreira, disse que a rede estadual tem estoque de kits intubação suficiente para cerca de 15 dias.
Ela considera que o sistema está “no limite” e, por isso, o estado teria dificuldade de atender também demanda de municípios e hospitais filantrópicos – como o São Luiz, em Mossoró – que também estão enfrentando dificuldade para comprar os medicamentos.
Fonte: G1RN
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