O acidente com Boeing 737 Max da Lion Air na costa da Indonésia foi provocado por série de falhas, de acordo com relatório de investigadores da Indonésia divulgado nesta sexta-feira (25). A tragédia ocorrida em 28 de outubro de 2018 deixou 189 mortos.
O comitê indonésio encarregado da segurança dos transportes indica que problemas com a aeronave e falhas dos pilotos levaram à tragédia, segundo relato da BBC. Os investigadores também destacaram problemas com o novo sistema de controle de voo da aeronave.
“A concepção e certificação” do Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS), que é um sistema automático que deveria impedir a queda do avião, “foram inadequados”. Esse sistema foi desenvolvido pela Boeing, especificamente para os modelos 737 MAX 8 e o MAX 9, para ajudar os pilotos a manter a aeronave na posição adequada às condições de voo.
Um painel internacional reunindo as Autoridades Mundiais da Aviação Civil (JATR) estimou recentemente que a Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) não avaliou corretamente o MCAS porque não possuía engenheiros suficientes, nem experiência.
O relatório de 31 páginas também sugere que um sensor crucial, comprado em uma oficina na Flórida, não foi testado adequadamente.
Toda a frota de aeronaves 737 Max, que entrou em operação comercial no início de 2017, foi proibido de voar em março após o modelo estar envolvido em duas tragédias um período de cinco meses. Além do acidente na costa da Indonésia, um avião da Ethiopian Airlines caiu perto de Adis Abeba, capital da Etiópia, deixando 157 mortos.
A Boeing disse que espera que o 737 Max volte a voar antes do final do ano, porém a pressão sobre a empresa não para de aumentar.
No dia 21 de outubro, novos documentos lançaram mais dúvidas sobre a volta à operação do 737 MAX. Houve pedido de aumento dos pedidos de mudança na direção da gigante aeronáutica americana.
A Boeing anunciou na terça-feira (22) a demissão de Kevin McAllister, chefe da Divisão de Aviação Comercial (BCA), sendo esta a primeira saída de um executivo da companhia desde o início da crise.
No início de outubro, a Boeing retirou o título de presidente de Dennis Muilenburg, alimentando a especulação de que ele pode deixar a empresa.
Fonte: G1
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