ADESÃO DA INGESTÃO ORAL DE MEDICAMENTOS NO TRATAMENTO DO CÂNCER –
A quimioterapia oral ainda é a forma mais utilizada para combater o câncer infantil. No entanto, as formas farmacêuticas disponíveis no mercado, para a pediatria, ainda são poucas e algumas características dificultam a ingestão dos medicamentos pelos pacientes, fazendo com que, em alguns casos, eles se recusem. Isso pode dificultar o tratamento, pois as doses que deveriam ser tomadas por completo, acabam por ser insuficientes e não obtêm o efeito esperado, por insuficiência da dose.
Existem diversos motivos que dificultam a adesão aos medicamentos, nos pacientes pediátricos, os principais são: gosto, cheiro e aspecto. A adesão ao tratamento, conforme a prescrição médica, garante a eficácia e a sobrevida do paciente, com chances de diminuição de progressão da doença. Se o paciente, após a alta para o domicílio, não seguir as recomendações, isso pode acarretar em diversas consequências, como a redução da sobrevida, progressão da doença e diminuição da eficácia do tratamento. A continuidade da terapia medicamentosa oral é essencial para a cura.
Quando os pacientes estão hospitalizados, a via de administração oral, ainda, é a preferida e utilizada, pois reduz os gastos, no período da internação. Por isso, são importantes as orientações farmacêuticas e a compreensão dos acompanhantes, sejam eles família, cuidadores ou amigos, facilitando a terapia medicamentosa oral, fora do ambiente hospitalar. É preciso cuidado, orientação e acompanhamento, monitorado pelo profissional farmacêutico, dessa forma, a terapia medicamentosa oral será bem sucedida nos pacientes onco-hematológicos.
As maiores dificuldades de aceitação dos pacientes pediátricos são os comprimidos e cápsulas, principalmente nas crianças menores, atribuído ao tamanho do medicamento, que dificulta a ingestão. Já existem, na indústria farmacêutica, alguns dispositivos para facilitar a administração, como é o caso dos copos dosadores e seringas. Contudo, precisa haver cautela na hora de administrar a medicação, para que não seja administrada uma dose errada, pois há casos de marcação de dosagem incorreta, como é o caso dos ml. A dosagem errada pode agravar a doença, dificultando um resultado positivo, além disso, as intercorrências começam a aparecer e o número de internações e idas ao hospital aumentam.
Durante o tratamento oncológico, as orientações farmacêuticas são essenciais, para que os pacientes tenham uma boa adesão, pois as informações promovem o uso seguro da medicação e incentivam a família a cuidar do paciente. A Casa Durval Paiva acolhe, durante o tratamento, e disponibiliza as medicações necessárias, proporcionando uma melhor qualidade de vida com possibilidade de cura.
Isabelle Resende – Farmacêutica da Casa Durval Paiva, CRF2541