CONVERSANDO COM O BLOG
QUANDO COMEÇOU A SUA CARREIRA PROFISSIONAL?
Eu me formei primeiro em Contabilidade, no ano de 2001. Depois resolvi fazer Direito, tornando-me advogado em 2008. E como sempre eu me senti atraído pelas áreas trabalhista e tributária, após passar no exame da OAB comecei a advogar, dando ênfase a elas. E me especializei em Auditoria Fiscal e Tributária e ainda em Direito Constitucional e Tributário.
COMO TEM SIDO A SUA EXPERIÊNCIA NO MERCADO?
Como advogado começou em 2009. Mas já trabalhava em escritório de advocacia antes mesmo de me formar em Contabilidade, no Escritório de Advocacia Rocha. Lá eu exercia consultoria contábil nos cálculos dos processos e participei da área administrativa. Agora, já como advogado, tenho o meu próprio escritório que é especializado em Direito Trabalhista e Direito Tributário.
VOCÊ TAMBÉM EXERCE ATIVIDADE EM ENTIDADE ASSOCIATIVA?
Pelas características das áreas que escolhi para trabalhar no Direito, sempre percebi uma identificação minha com a classe empresarial. E quando recebi convite do empresário Sérgio Freire, que presidiu por quatro anos a Associação Comercial do RN, para participar da sua diretoria aceitei naturalmente. Por dois mandatos, fui seu Diretor Secretário. Agora, na presidência de Itamar Maciel, estou exercendo o cargo de Diretor Tesoureiro.
NA SUA VISÃO, QUAL O PAPEL DESSAS ENTIDADES?
Eu entendo que elas desempenham um papel importantíssimo na comunidade, principalmente junto àqueles que elas representam. A nossa ACRN, por exemplo, tem lutado muito em prol do empresariado potiguar. Como você sabe, atualmente ela levantou a bandeira em favor dos credores do estado, notadamente os micro e pequenos empresários. É louvável essa iniciativa, porque a sociedade civil precisa lutar de fato pelos seus direitos.
SERÁ QUE ESSA LUTA VAI VINGAR?
Apesar de ela estar apenas no início, eu pessoalmente acredito no bom-senso e na compreensão da Governadora, para atender a essa justa reivindicação do segmento comércio e serviços. Mesmo sabendo de todas as dificuldades que o Governo vem enfrentando, devido ao acúmulo de problemas nas mais diversas áreas.
CITE ALGUNS DESSES PROBLEMAS
Na verdade há problemas que vem sendo acumulados de muitas gestões passadas. A falta de investimento em políticas públicas, por exemplo, principalmente nas áreas da educação e da saúde, é um deles. E isso acontece inclusive em todo o país. Aqui, mesmo com a arrecadação tributária significativa, por si só não adianta nada. Pois falta uma coisa chamada planejamento, para que se possa definir com eficiência como melhor aplicar esse dinheiro.
A PROPÓSITO, O QUE VOCÊ ACHA DA CARGA TRIBUTÁRIA NO PAÍS?
Ela é exagerada. De fato são muitos os nossos tributos e isso se torna incompreensível e assustador. Porque percebemos que somos um país cheio de obrigações tributárias que geram inúmeros conflitos. E com o imenso emaranhado de leis existentes, a própria interpretação da legislação mostra-se confusa e obscura às vezes.
A REFORMA TRIBUTÁRIA É IMPRESCINDÍVEL?
Creio que sim. As coisas precisam ser mais simples na área tributária. Mas, como eu falei, o próprio emaranhado de legislação dificulta o início da reforma que precisa realmente acontecer. Percebe-se também que tem faltado vontade política para se efetuar todas essas mudanças que se fazem necessárias. Mas se ela não acontecer naturalmente a um médio prazo, a sociedade civil organizada poderá se manifestar e terminar por fazer ela acontecer.
ALGO PARECIDO COM AS MANIFESTAÇÕES QUE ACONTECERAM EM JUNHO?
Sim. A sociedade já começa a questionar o fato de pagar altos tributos e não ver os resultados práticos do uso desses recursos. Os empresários já se matam para manter seus negócios, com tantos tributos a pagar, correndo o risco de haver uma real diminuição da empregabilidade no país. Aí, o que vai acontecer quando as pessoas entenderem melhor todos esses fatos? Vai restar o protesto e a pressão pública junto ao legislador, ao executivo e a toda a classe política.
VOCÊ TEM OUTRA PAIXÃO ALÉM DA ADVOCACIA?
O futebol, sou um apaixonado tocedor do América/RN. E apesar das dificuldades que ele enfrenta no Campeonato Brasileiro, confio que continuará na Série B e isso será bom para o futebol do estado como um todo. Eu me sinto profissionalmente honrado em ser advogado tributarista e trabalhista do América/RN é meu time do coração.