Voltou a subir nesta terça-feira (5) o ritmo de afundamento na área da mina da Braskem que pode colapsar. A última atualização da Defesa Civil de Maceió, feita às 9h, constatou velocidade de 0,27 cm/h (antes, era 0,26 cm/h). Desde o dia 30 de novembro, o solo já cedeu 1,86 m, sendo de 6,5 cm nas últimas 24 horas.
A velocidade da movimentação de terra no local vinha em constante redução desde que as medições começaram, mas a tendência de desaceleração foi interrompida por uma alta na tarde de segunda (4). O alerta máximo para o colapso foi emitido no dia 29 de novembro e continua vigente devido à instabilidade.
Antes do alerta, a medição era feita em milímetros por ano. A Defesa Civil avalia que o alerta máximo só deve ser derrubado quando a medição puder voltar a ser feita em milímetros.
A mina nº 18 é uma das 35 que a Braskem mantinha para extração de sal-gema e fica na região do antigo campo do CSA, no Mutange. Por precaução, a recomendação é que a população não transite na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil.
A Defesa Civil avalia que não mais há risco para a população porque as moradias ocupadas atualmente estão a uma distância segura do local da mina. As que ainda estavam ocupadas foram evacuadas sob ordem judicial.
O desabamento da mina pode acontecer de duas formas: drástica ou gradual. Em caso de cenário gradual, o deslocamento do solo seguirá de modo lento até atingir a estabilização. Se o cenário for desabamento repentino, ocorrerá o colapso e abertura de uma imensa cratera na região.
Após cinco anos desde que um tremor de terra abriu rachaduras em casas e crateras nas ruas, mais de 14 mil imóveis foram desocupados nos bairros do Mutange, Bebedouro, Pinheiro, Bom Parto e Farol. Afetando cerca de 60 mil pessoas.
Fonte: G1