Imagem mostra a cidade de Duma, em Guta Oriental, nesta terça-feira (17) (Foto: AFP)

Os agentes da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) conseguiram entrar nesta terça-feira (17) em Duma, principal cidade de Guta Oriental. A missão busca constatar se houve um ataque químico na região em 7 de abril.

O suposto ataque que utilizou armas químicas, atribuído ao governo de Bashar Al-Assad, deixou 40 mortos e dezenas feridos em Duma.

O governo Bashar al-Assad e a Rússia, sua principal aliada, negaram qualquer envolvimento, acusando os rebeldes de “encenação”, e reivindicaram uma missão da Opaq para investigar essas “alegações”.

Os especialistas da Opaq começaram sua missão no domingo (15), fazendo reuniões com autoridades locais na capital síria, mas ainda não tinham ido até Duma.

O Departamento de Estado dos EUA disse ter provas com “um nível muito alto de confiança” de que o governo sírio usou armas químicas, mas ainda trabalhava para identificar a mistura de produtos químicos usados na ação – o que é proibido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em retaliação, EUA, França e Reino Unido lançaram 105 mísseis contra três alvos do programa de armamento químico na Síria na noite de sexta-feira (13) (horário de Brasília).

Em um contexto diplomático já sensível pelos ataques de sábado, os países ocidentais mantêm suas dúvidas quanto à possibilidade de se encontrar provas.

“Os russos podem ter visitado o local do ataque. Tememos que eles o tenham alterado na intenção de frustrar os esforços da missão da OPAQ para fazer uma investigação eficaz”, declarou o embaixador americano na Opaq, Ken Ward, segundo a France Presse.

“Isso ressalta sérias questões sobre a capacidade da missão de investigação de fazer seu trabalho”, estimou.

Nestar terça, em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, a França também considerou “muito provável que provas e elementos essenciais tenham desaparecido”.

Fonte: G1

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