AGRURAS NOSSAS –

Na primeira manhã pós vacina
Acordo um pouco aliviado
Mas, não feliz
Nesse viver atual, aperriado

No meio dos meus iguais
Tou isolado, saindo dessa aflição
E os que ficam em risco maior?
Isto não tá certo, não

São nossas essas amarguras
De um tempo de danação
Uns vão, outros ficam
Parece coisa do encardido, do cão

E a turma do mercadinho
Meus amigos, seu Mané
Os que caminham na praça
Meus filhos, minha mulher?

Por que não vacinam todos
Por que morremos muitos
Afinal, o que faltou?
Aqui o sistema é desumano, bruto

Estou tendo um privilégio
Que não me deixa feliz
Como ficam todos os outros?
Nesse viver por um triz

Hoje a natureza dá um show
O mar está sereno
O sol aquece, brilhante
O meu viver mais ameno

O vento leste fustiga devagar
Folhas de árvores tão minhas
Os pássaros a cantar
Um futuro que se avizinha

Búzios RN, 06/04/2021, 10h10min

Alberto Maciel

Na primeira manhã pós vacina
Acordo um pouco aliviado
Mas, não feliz
Nesse viver atual, aperriado

No meio dos meus iguais
Tou isolado, saindo dessa aflição
E os que ficam em risco maior?
Isto não tá certo, não

São nossas essas amarguras
De um tempo de danação
Uns vão, outros ficam
Parece coisa do encardido, do cão

E a turma do mercadinho
Meus amigos, seu Mané
Os que caminham na praça
Meus filhos, minha mulher?

Por que não vacinam todos
Por que morremos muitos
Afinal, o que faltou?
Aqui o sistema é desumano, bruto

Estou tendo um privilégio
Que não me deixa feliz
Como ficam todos os outros?
Nesse viver por um triz

Hoje a natureza dá um show
O mar está sereno
O sol aquece, brilhante
O meu viver mais ameno

O vento leste fustiga devagar
Folhas de árvores tão minhas
Os pássaros a cantar
Um futuro que se avizinha

 

 

 

 

 

 

José Alberto Maciel Oliveira – Representante comercial aposentado

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *