O presidente-executivo da Amazon, Andy Jassy, anunciou a demissão de 18 mil funcionários. O comunicado foi divulgado nesta quarta-feira (4).
O texto, assinado por Jassy, afirma que as revisões que levaram ao plano de demissões têm como objetivo “priorizar o que é mais importante para os clientes e a saúde a longo prazo dos nossos negócios”.
A Amazon tem mais de 1,5 milhão de trabalhadores, incluindo pessoal dos depósitos, sendo a segunda maior empregadora privada dos Estados Unidos, atrás do Walmart, segundo a Reuters. Os comunicados aos funcionários devem começar em 18 de janeiro.
Jassy afirma que o anúncio foi adiantado após a informação ser vazada.
“Normalmente, esperamos para comunicar sobre esses resultados até que possamos falar com as pessoas diretamente afetadas. No entanto, como um de nossos colegas vazou essa informação externamente, decidimos que era melhor compartilhar essa notícia antes para que você pudesse ouvir os detalhes diretamente de mim.”
O plano de demissões da Amazon não é novo. Em novembro de 2022, a empresa planejava demitir cerca de 10 mil funcionários de cargos corporativos e de tecnologia, além de dispositivos e livros.
“Em novembro, comunicamos a difícil decisão de eliminar vários cargos em nossos negócios de Dispositivos e Livros e também anunciamos uma oferta de redução voluntária para alguns funcionários em nossa organização de Pessoas, Experiência e Tecnologia.”
Uma nova onda de demissões na Amazon já estava prevista em 2022, mas, na ocasião, não foram divulgados números ou áreas impactadas.
As demissões da Amazon superam os cortes anunciados no ano passado pela Meta Platforms, controladora do Facebook.
Já o Twitter, comprado em outubro pelo bilionário Elon Musk, demitiu cerca de metade de seus 7.500 funcionários, enquanto o Snapchat cortou aproximadamente 20% de seus funcionários em agosto, o equivalente a 1.200 pessoas, de acordo com a France Presse.
Em 2022, a Amazon indicou desaceleração no crescimento na temporada de final de ano, período em que varejista têm maior volume de vendas. A empresa disse, na ocasião, que consumidores e empresas tinham menos dinheiro para gastar devido à inflação.
A desaceleração econômica e o aumento dos custos de mão de obra e transporte prejudicaram empresas que contrataram agressivamente durante a pandemia, quando aumentou a demanda por comércio eletrônico para serviços baseados em nuvem.
A Amazon perdeu cerca de 40% do valor de mercado até agora em 2022.
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