Reprodução/Globo

Ana Maria Braga falou sobre relacionamentos e perrengues do passado no “Conversa com Bial” de ontem. A apresentadora do “Mais Você” contou o período complicado que passou após ser demitida da direção comercial de revistas femininas da Editora Abril. “Chorei feito desenho animado, foi um baque enorme. Eu já era mãe, arrimo de família, tinha criança pequena na escola, morava numa casa razoavelmente boa. Não tinha um motivo profissional para eu ir embora, isso te pega no contrapé da vida. Uma bela noite de outubro, a situação estava preta, media papel higiênico na época para saber quanto ia durar. De repente toca o telefone de uma pessoa que conhecia meu trabalho da Tupi contando que a Record procurava alguém não jovenzinha, mais experiente, para ter um programa”, recorda.

Aos 70 anos, a apresentadora confessa que já entrou em aplicativos de namoro por curiosidade. “Uma amiga foi em casa, falei ‘que legal, você pode escolher. Como faz?’. Fizemos uma foto que não era nada, parecia eu, mas não era. Aí abriu lá, é um negócio doido, eu estava olhando, mas não podia responder”, diz ela, que utilizava outro nome. “É legal aquilo, mas eu não podia responder a verdade. Tinha cada cara legal, mas a conversa terminava. Como eu ia explicar o inexplicável? Não podia, não dá. É uma solidão terrível, não pode nem usar aplicativo. É uma bomba atômica”, continua. Ana Maria acredita que, por conta da fama, não consegue conhecer alguém da forma normal. “Qualquer bonitinho que convido para jantar, ou vai no quiosque na praia, senta do meu lado, acabou a vida dele. Você não tem o direito de paquerar, experimentar. É uma solidão emocional”

Apesar disso, ela não desiste de encontrar um par. “Eu acredito no amor, acredito que a vida a dois é melhor que para um. Tem que ter noites para isso, coisa que não tenho pois durmo com as galinhas. Não interessa a idade ou condição social, o que se constrói na vida de verdade é você com sua família. Não que eu não goste de sexo, mas você tem que admirar e gostar de conversar. Se você tem um companheiro que tem o que dizer e receber algo de volta, é o grande milagre da vida, o amor”, filosofa. A apresentadora ensina como manter a paz de espírito. “Não é que eu não me lembre que estou com dor de barriga, que estou com o coração partido ou que um amigo morreu. Isso não vai mudar se eu mudar no ar. A maioria, 99,9% das coisas que te chateiam, que te deixam para baixo ou nervoso, não vão fazer diferença nenhuma dali a uma semana, no máximo. A única coisa que faz diferença na vida da gente é o inevitável, que é a morte”.

 

 

Fonte: Uol

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