Marielle Franco e Anderson Gomes — Foto: Reprodução/JN

A Anistia Internacional apresenta, nesta quarta-feira (13), novo levantamento reunindo informações veiculadas publicamente sobre o caso que indicam possíveis incoerências e contradições no decorrer das investigações da morte da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes. Na quarta (15), o crime completa 11 meses, ainda sem resposta.

Um documento intitulado “O labirinto do caso Marielle Franco e as perguntas que as autoridades devem responder” apresenta uma lista de 20 perguntas sobre pontos críticos que até hoje não foram esclarecidos.

“O que já foi revelado publicamente sobre o assassinato de Marielle levanta sérias preocupações da Anistia Internacional em relação a possíveis negligências, interferências indevidas, ou o não seguimento do devido processo legal durante as investigações. As autoridades devem responder às perguntas que agora são feitas sobre pontos críticos do caso. A Anistia Internacional continuará monitorando o caso até que todas as perguntas tenham sido respondidas e o caso, solucionado” afirma Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.

O documento foi feito a partir de informações divulgadas por autoridades públicas ou publicamente pela imprensa e traz as informações em torno dos seguintes sete temas:

  • Disparos e munição
  • A arma do crime
  • Os carros e aparelhos usados pelos criminosos
  • As câmeras de segurança
  • Procedimentos investigativos
  • Responsabilidade e competência das investigações
  • Acompanhamento externo
  • Andamento das investigações.

O documento traz ainda perguntas que as autoridades devem responder sobre cada um dos temas.

“O que esperamos das autoridades é que impulsionem uma investigação imparcial, independente e exaustiva sobre este crime e que respondam a cada uma dessas perguntas colocadas pela Anistia Internacional. E, acima de tudo, esperamos que as autoridades afirmem seu compromisso de garantir que as investigações cheguem aos verdadeiros responsáveis por esse crime brutal, e que identifique tanto os executores, quando os mandantes e a motivação” conclui Werneck.

Fonte: G1

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