ANO NOVO DE ESPERANÇA… E COM UMBU NA MESA –
É a árvore sagrada do sertão, resiste em viço por cerca de cem anos, a raiz do umbuzeiro é reservatório por até 3 mil litros de água na rara estação chuvosa.
A ciência hoje explica a potência antioxidante do umbu, em partes riquíssimas de conteúdo nutritivo importantes para o organismo: proteínas, fibras, cálcio, magnésio, fósforo, ferro, potássio, zinco, vitamina A, vitamina B1, vitamina B2, vitamina B3 e vitamina C.
Além do mais, a boa fruta da caatinga nordestina típica decantada por Euclides da Cunha, n’Os Sertões:
“É a arvore sagrada do sertão. Sócia fiel das rápidas horas felizes e longos dias amargos dos vaqueiros. O umbu é para o desventurado matuto que alli vive o mesmo que a mauritia, para os garaunos dos llanos. (…)
Alimenta-o e mitiga-lhe a sede. Abre-lhe o seio acariciador e amigo, onde os ramos recurvos e entrelaçados parecem de propósito feitos para a armação das redes bamboantes”.
Podia estar citando outras maravilhas do sertão, araticum, bijajica, seriguela, alfenim, cambucá, ariá, abiu, cajá, citações bem brasileiras, que a boa terra, em que pese em transe de seca, não faltou alimento às gentes e aos caprinos. Salvação da terra.
O fruto do conhecido imbuzeiro deve ser degustado in natura, no pé, para que esteja amadurecido por completo, para não desperdiçar a preciosa fruta nos presenteada por Deus. Assim seja!