AOS POUCOS VAMOS… – 

Aos poucos vamos dando adeus às pessoas que recebemos ‘emprestadas’ pelo Pai para amá-las, cuidá-las e fazê-las felizes.

Aos poucos vamos entendendo que a vida não é breve nem longa, mas suficiente para fortalecer as relações de solidariedade (atitudes reais) a que fomos chamados a exercer.

Aos poucos vamos percebendo que o outro também tem as suas dores e que aparentemente enseja ser a mesma dor, mas cada uma tem a dose e o remédio diferenciado pela fé.

Aos poucos vamos tendo a certeza que o muito não é ter em excesso nem carência não é ter o escasso, mas que ambos são bastantes para devolvermos ao final da caminhada.

Aos poucos vamos refletindo que o choro e o sorriso andam de mãos dadas e que cada um se manifesta conforme vamos nos dispondo a abraçá-los.

Aos poucos vamos descobrindo que a sua presença é tão valiosa quanto o meu permitir a sua aproximação.

Aos poucos vamos enxergando que o valor do outro não é aparente, mas visível na alma (naquilo que nasce do coração).

Aos poucos vamos percebendo que por sermos únicos, nosso pensar e nosso agir possuem personalidade própria e, portanto, não nos é de direito manipular a consciência do outro.

Aos poucos vamos entendendo que nossos exemplos não desobriga o outro de ter as suas experiências e ajustar a sua escala de valores para o que é útil ou não para a sua vida.

Aos poucos vamos experimentado que cair e levantar não é um mero exercício de força de vontade, mas de acreditar que, em volta de nós, existe uma força superior que estende a mão para nos erguer e impulsionar o seguir adiante.

Aos poucos vamos descobrindo que a rigidez do contorno das coisas e das situações a que somos submetidos diariamente também são maleáveis quando não as denominamos de ‘desgraças’.

Aos poucos vamos aprendendo que não se consegue aprender e a fazer tudo de uma só vez, mas que cada passo precisa ser dado a cada dia.

Enfim, é certo que não sabemos o que nos reserva no amanhã, mas sabemos que caminhar em direção ao futuro requer atenção e confiança em Deus que ver o que há mais adiante.

 

 

 

 

 

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil, escritor e Membro da Academia Macaibense de Letras ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

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