Dos 300 poços abertos pelo Governo do Estado de fevereiro a agosto, apenas 30% têm vazão suficiente para serem utilizados de alguma forma no abastecimento de água no interior do Rio Grande do Norte. A informação é do secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, José Mairton de França. “Dada a vazão de 200 litros por hora a gente já tem colocado em uso. Abaixo disso não é adequado, porque o poço é considerado seco”, acrescentou. Na região Seridó, o governo perfurou 70 poços.
A equipe de geólogos da Semarh já realizou a locação de 420 poços, sendo 250 no Alto Oeste e 170 no Seridó. Na cidade de Acari (11 mil habitantes segundo estimativa do IBGE), uma das que está em colapso na região, 12 poços foram perfurados, mas só sete registraram vazão adequada. Segundo o titular da Semarh, esse aproveitamento é baixo em função do rebaixamento do lençol freático que está há quatro anos sem receber água no volume adequado. Em muitos casos, é necessário que a água passe por dessalinizadores para que seja própria para o consumo humano. O governo, tem 136 dessalinizadores instalados no Estado com essa finalidade.
Todos os poços perfurados pela Semarh devem fornecer água de forma gratuita. A única exceção diz respeito aos poços que são reativados por sistemas autônomos de abastecimento e pela Caern.
Segundo Mairton de França, o número de poços é maior na região Oeste do Estado, tendo em vista que tem situação mais crítica, com 10 municípios em colapso no abastecimento d’água. “Agora que a situação do Seridó está se agravando, vamos intensificar as ações nessa região”, afirma o secretário.