Forças de resgate da Grécia correm nesta quarta-feira (1º) para encontrar mais sobreviventes do violento choque entre dois trens no leste do país na noite de terça-feira (28). Até a manhã desta quarta, a polícia local confirmou 36 pessoas mortas no acidente, um dos mais graves na Europa das últimas décadas.
O choque foi tão forte que os vagões frontais pegaram fogo na hora. Segundo um porta-voz dos bombeiros, a temperatura dentro do vagão chegou a 1300°C com a explosão – o que dificultará o trabalho de identificação das vítimas. Outro vagão ficou de lado em relação ao resto do trem destruído.
A colisão ocorreu entre um trem de passageiros e um trem de carga, provocando o descarrilamento de três vagões ocupados. Todos os mortos confirmados eram do 3º vagão. As buscas nos dois primeiros vagões começaram por volta das 4h30 desta quarta.
Outras 80 pessoas ficaram feridas, e 60 delas estão internadas em hospitais da região.
O acidente, segundo a polícia, aconteceu assim que o trem de passageiros saiu de um túnel. O governo grego anunciou uma investigação profunda e imediata para encontrar os responsáveis pela colisão. O responsável pela estação de trens de Larissa já foi detido.
“Houve pânico… o fogo foi imediato, o fogo foi para todos os lados, estávamos todos sendo queimados”, relatou o passageiro Stergios Minenis, de 28 anos, que conseguiu se salvar pulando de uma das janelas.
Há cinco anos, a Grécia vendeu sua operadora ferroviária, a Trainose, para a estatal italiana Ferrovie dello Stato Italiane, como parte de seu programa de resgate internacional. A expectativa era de que centenas de milhões de euros fossem investidos em infraestrutura ferroviária no país com a venda.
Segundo o site da empresa italiana, a Ferrovie dello Stato Italiane é o principal fornecedor de transporte ferroviário de passageiros e mercadorias na Grécia e opera 342 rotas de passageiros e comerciais por dia.
Fonte: G1RN