“Imediatamente nós montamos a operação. Estamos aqui desde o início da manhã, em torno de uma centena de policiais penais, realizando patrulhamento na área rural e na área de dunas, patrulhamento da comunidade, com abordagem a veículos e pessoas e uma revista minuciosa dentro de todos os pavilhões”, disse Pedro Florêncio.
Até por volta das 10h, nenhum material ilícito ou objeto proibido aos presos tinha sido encontrado na unidade prisional, segundo o secretário. De acordo com ele, a situação está sob controle e segura.
“Enquanto durar a operação, e a gente não sabe se vai durar um dia ou mais, nós suspendemos as visitas de familiares e as visitas de advogados para manter a segurança de todo o sistema e das pessoas que permeiam a unidade prisional”, informou.
Ultima rebelião terminou em massacre
A última rebelião em Alcaçuz aconteceu em janeiro de 2017, em decorrência de uma guerra entre membros de facções rivais que culminou na morte de 27 pessoas, segundo os dados oficiais. Quatro três anos após o caso, a Polícia Civil indiciou 74 pessoas por crimes como homicídios, motim, destruição do patrimônio público e associação criminosa.
A segurança do complexo penitenciário, que foi reformado após o massacre, voltou a ser tema de debate no início do mês, quando a Seap anunciou a apreensão de bilhetes que estavam entrando no presídio por meio de advogados.
Seriam pelo menos 10 casos desde janeiro. Sete deles, somente no Presídio Rogério Coutinho Madruga, que faz parte do complexo de Alcaçuz e onde estão presos líderes de facções criminosas que atuam no estado.
A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar os crimes. Após o caso, a Seap publicou uma série de novas regras para entrada de advogados nos presídios do estado, mas a Justiça derrubou a maioria delas e manteve apenas o uso do aparelho de raio-x para entrada dos defensores nos presídios.