Venezuelanos fazem fila para comprar mantimentos em comércio na fronteira do Brasil  — Foto: Alan Chaves/G1 RR
Venezuelanos fazem fila para comprar mantimentos em comércio na fronteira do Brasil — Foto: Alan Chaves/G1 RR

Em meio à ordem do presidente da Venezuela Nicolás Maduro para fechar a fronteira com Brasil na noite dessa quinta-feira (21), venezuelanos entraram no país para comprar estoques de mantimentos em Pacaraima (RR).

“Estamos correndo contra o tempo o mais rápido possível para poder passar antes que a fronteira feche”, disse o venezuelano Genson Medina, de 22 anos, que nesta tarde comprava mantimentos em um comércio de Pacaraima, a 215 km da capital Boa Vista, onde há intensa movimentação, antes do fechamento da fronteira, que aconteceu às 20 horas (horário local).

No pronunciamento, o líder chavista disse que a fronteira entre os dois países seria “fechada total e absolutamente até novo aviso”. Às 20 horas, começou o bloqueio.

O anúncio de Maduro foi feito em meio à pressão para que ele permita a entrada de ajuda humanitária oferecida pelos EUA e por países vizinhos, incluindo o Brasil, após pedido do auto-proclamado presidente interino Juan Guaidó. Maduro vê a oferta dessa ajuda como uma interferência externa na política do país.

Em Brasília, o governador do estado, Antônio Denarium (PSL), disse acreditar que, embora crie um “clima tenso” na região, a decisão do presidente da Venezuela Nicolás Maduro de fechar a fronteira com o Brasil não impedirá a entrega de alimentos e medicamentos aos cidadãos do país vizinho.

Morador de Santa Elena de Uairén, primeira cidade venezuelana após a fronteira, Nelson Rodrigues, 34, decidiu comprar tudo em dobro para estocar alimentos em casa.

“Vou levar mais por precaução. Fechar a fronteira é ruim porque nós precisamos comprar comida aqui”, disse Nelson se referindo à escassez de comida e remédios no país em crise.

Um dia antes do anúncio de Maduro, o exército venezuelano movimentou tanques na cidade de Santa Elena de Uairén, a 15 Km da divisa com Brasil, na tarde de quarta-feira (20).

A movimentação foi registrada por moradores e divulgada em redes sociais. Ela ocorreu um dia após governo brasileiro anunciar que, em cooperação com os Estados Unidos, vai ofertar ajuda humanitária ao país a partir de sábado (23).

Fonte: G1

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