Os concursos voltarão a ser rotina na Petrobras, com possibilidade de ocorrer todos os anos, anunciou no mês passado o diretor executivo de Assuntos Corporativos da companhia, Hugo Repsold Júnior. Na segunda-feira (4), a estatal encerrou as inscrições do processo seletivo para 954 vagas (159 imediatas e 795 para formação de cadastro de reserva).
O gerente executivo de Recursos Humanos da Petrobras, José Luiz Marcusso, disse que as admissões dos aprovados no concurso deverão ser feitas imediatamente. Além disso, segundo ele, a empresa não descarta chamar mais aprovados, caso haja necessidade de convocações além do número de vagas.
As convocações extra só podem ocorrer dentro do prazo de validade do processo seletivo. A validade das seleções da Petrobras é de 1 ano, prorrogável por igual período.
O primeiro processo seletivo público aberto desde 2015 é para cargos de nível médio e superior em diversas cidades nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas e Amazonas. Os salários vão de R$ 3.681,63 a R$ 9.786,14.
Questionado sobre a razão de a estatal ter lançado a seleção após dois anos sem concursos, Marcusso informou que as contratações ocorrem quando há demanda de pessoal, vinculada ao seu planejamento estratégico.
As últimas admissões de aprovados em concursos públicos ocorreram até 22 de setembro de 2016. Levantamento do Portal de notícias G1 mostra que a companhia preencheu todas as vagas abertas nos concursos realizados nos últimos anos. Em alguns, inclusive, a estatal chamou aprovados além do número de vagas anunciado no edital.
As vagas abertas no concurso deste ano atenderão à demanda por pessoal das novas unidades de produção no pré-sal da Bacia de Santos e vão complementar um processo de mobilidade interna já em curso.
O número atual de empregados próprios da Petrobras é de 47.670, segundo dado de junho de 2017. De acordo com Marcusso, não há uma projeção de quantos funcionários a estatal poderia ter em 5 ou 10 anos, levando em conta o desempenho dos negócios e a volta dos processos seletivos.
No último balanço, divulgado em agosto, a estatal anunciou lucro líquido de R$ 316 milhões no 2º trimestre, queda de 15% em relação a 2016, mas foi o terceiro trimestre seguido de ganhos. A empresa divulgou ainda queda no endividamento tanto em relação ao 1º trimestre quanto o mesmo período de 2016.
Os Programas de Inventivo à Demissão Voluntária, lançados em 2014 e 2016, já desligaram mais de 16 mil empregados e ainda há uma previsão de cerca de 300 desligamentos em diversas carreiras, segundo Marcusso.
Ele ressalta que as vagas abertas no processo seletivo não são para repor as oportunidades referentes aos desligamentos, mas para atender à demanda por pessoal das novas unidades de produção no pré-sal da Bacia de Santos.
Fonte: G1