ARROBA –

“Além do e-mail, hoje em dia “arroba” é usado, também, por exemplo, em chats e fóruns antes do nome de pessoa participante (@nomedapessoa) para que a resposta lhe seja direcionada especificamente.

Ainda que alguns pensem esse símbolo ser novo, na verdade, a origem da “arroba” está relacionada a fins comerciais e existe desde o século XVI.

Desde então, o símbolo foi muito utilizado como unidade de medida. Entretanto, foi no século XIX que ele foi acrescido às máquinas de escrever e hoje o encontramos em todos os teclados.

Assim, “arroba” é uma antiga medida de peso que ainda é utilizada para indicar a massa, a quantidade de quilos de algo.

No Brasil, ela é muito utilizada para indicar o peso de alguns animais ou líquidos, sendo que uma arroba equivale a 15 kg, ou seja, a 25 libras.

Embora a arroba tenha sido associada a fins comerciais no século XVI, não se sabe ao certo sua origem específica.

Etimologicamente, o termo pode ter surgido:
• do francês “at”, denotando o “a” craseado “à”;
• da língua árabe “ar-roub”, para indicar “o quarto” de algo;
• da abreviação da expressão inglesa “each at”, que significa “cada um em”.

Algumas teorias afirmam que esse símbolo teria surgido na Idade Média. Os monges copistas, responsáveis por reescrever alguns manuscritos, foram usando esse símbolo como forma de abreviar a preposição latina “ad” que significa “para”, ou “a”.

Dessa forma, a letra “d” representaria a “cauda” da arroba. Isso porque a ideia era economizar o espaço disponível nos pergaminhos e, claro, buscar a eficiência neste processo.

No entanto, foi num documento datado de 1536 que pesquisadores encontraram o uso deste símbolo indicando a quantidade de vinho em um barril. O documento supostamente teria sido escrito por Francesco Lapi, um comerciante florentino.

Desde então, a arroba começou a ser usada para simbolizar o peso de produtos comercializados e também a indicar a taxa associada a eles.”

Eis esse texto solar da Mestra Daniela Diana!

A verdade é que o Acordo Ortográfico – AO 90 –, até a presente data não se constitui num palco linguístico homogêneo no concerto da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa – CPLP.

Vaidades e política são ingredientes nocivos entre as Altas Partes Contratantes dos países em ebulição no cadinho da Língua Portuguesa.

Dentre os nove países, alguns não aderiram. Outros, insatisfeitos, desejam reexames.

Nações continentais apresentam índices alarmantes de analfabetos funcionais, e alcança patamares de metade da população analfabeta, mais preocupada com “todos, todas e todes” anomalias societárias, comandadas por elites despreparadas no comando educacional.

Pobre língua de Camões!

 

 

 

 

José Carlos Gentili – Membro correspondente da Academia Brasileira de Filologia e da Academia das Ciências de Lisboa

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

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