TRIBUTO A MÁRIO DUARTE –
O tempo passou, mas as lembranças de um amigo que partiu no auge de sua capacidade intelectual e, decisória em favor do próximo continuam vivas.
Refiro-me ao engenheiro civil Mário Duarte da Costa.
Filho do Rio Grande do Norte, mais precisamente da cidade de Areia Branca – único município do mundo onde o sertão encontra o mar – conhecida pelas suas belas praias paradisíacas de areias brancas, dunas e falésias, além de uma porção territorial dominada pelo sertão.
Areia Branca de músicos, poetas, escritores, que aludem à inocência da bondade em cada letra que formam as palavras de solidariedade.
Assim podemos expressar quando o nome de Mário era chamado por todos aqueles que se achegavam em busca de uma resposta sincera, uma solução racional, uma ajuda solicitada.
Conheci Mário Duarte desse jeito, convivi profissionalmente com ele desta maneira, o vi partir com este mesmo dom.
No CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RN desenvolveu a maior parte do seu brioso profissionalismo, orientando tanto os mais jovens quanto os veteranos engenheiros que dele buscavam informações precisas e completas.
Em 1981 iniciamos uma parceria ao realizarmos nosso primeiro Laudo de Avaliação e, juntos, também com o saudoso engenheiro José Tarcísio Augusto de Amorim, constituímos o escritório de profissionais AVALIAÇÕES – Quantum Engenharia.
De lá até sua ida ao Pai foram 23 anos de convívio e amizade. Durante este período passei a conhecer e a admirar não só sua competência como profissional da engenharia, mas principalmente pela lealdade como homem.
Em todas as ocasiões, por mais difícil que fossem seus momentos, ou mesmo os meus, lá estava Mário Duarte como um irmão e como amigo, sempre com uma palavra de incentivo.
Qualquer que fosse a situação, ele a comparava com outra bem mais complexa, buscando assim minimizar os problemas daqueles que o procuravam.
Muitas vezes percebia que por trás de suas palavras firmes, existia um coração que acolhia a todos.
Mário Duarte não construiu nenhuma ponte, mas ligou o profissional à sua atividade, através da orientação pautada na ética.
Mário Duarte não construiu nenhum edifício, mas edificou em nós a estima pela profissão, o respeito indistinto e a certeza de que sempre é possível fazer melhor.
Quantas vezes presenciei Mário Duarte aconselhando meus filhos para que buscassem seus objetivos de vida pelo caminho da prática do bem.
Um homem que não se apegava às futilidades. Admirador de bons filmes, boas músicas, bons livros.
Um exímio catalizador de amizades, desde que o respeito, a confiança e os princípios morais fossem os pilares que o aproximassem do outro.
Listar seus amigos seria delongo, mas não me furto em citar: Antemildo Batista de Andrade, José Tarcísio Augusto de Amorim, Mário Varela Amorim, Nésio Barros, Ânjelo da Costa Neto, José Normando Gomes de Aquino, João Lopes de Oliveira Neto, Raimara Medeiros, Gunther Josuá, entre tantos e tantos outros.
Por tudo isso Dr.Mário 825-D (como gostava de chamá-lo), nossa gratidão, minha e de seus inúmeros amigos.
Você partiu cedo, mas com certeza está sendo o “relator” dos ofícios e pareceres que Deus envia diariamente a todos nós.
Aprendi muito com você amigo Mário Duarte da Costa.
Obrigado.
Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro e Consultor
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