INEXORABILIDADE –
Quem tem conhecimento sobre a doutrina espírita aceita que os seres têm novas oportunidades na matéria, através da reencarnação, sempre com o objetivo da evolução.
A estadia do ser nos ambientes espirituais para reflexões de sua passagem por aqui visa a correção das falhas e reforço das virtudes. Neste processo de formação, informação, purgação e depuração, reina a lei do carma, colocando reações para ações, seja para a correção, punição ou até premiação de condutas correlatas. Os Governos também tem alma e também estão sujeitos às mesmas leis.
Diversos episódios da vida nacional deviam ter servido como aprendizado para correção de rumos. O impeachment de Collor, por exemplo, incentivado por diversos partidos, entre eles o PT, deveria ter servido para a não repetição de atos de natureza corrupta, da cooptação de apoio através de relações monetárias e da utilização da estrutura pública em benefício de pessoas e agremiações partidárias.
Infelizmente o Partido dos Trabalhadores ao assumir o poder não praticou a lição pretérita, preferindo incorrer nos mesmos erros apontados por lições antecedentes. E colhe hoje essa maligna plantação, perdendo o poder e a vergonha na cara, uma vez que durante todo o processo, no lugar da reflexão redentora e da renúncia pacificadora, preferiu a ampliação dos malfeitos com intenso movimento de cooptação de autoridades, compra de apoios e tramas nada republicanas.
A lei do carma não avermelhou e funcionou com sua inexorabilidade, deixando o PT na mão, sem cargos, sem propinas e com seu rei nu. O governo que temos agora tem oportunidade de aprender com as lições postas e ao dar dinâmica as suas ações, precisa aprender que fora da correção não há salvação. Eu continuo torcendo pelo aprendizado do bem agir.
Flávio Rezende – Jornalista e Ativista Social