ARTIGO: Guga Coelho Leal

A RUA DA MINHA INFÂNCIA –

Passo na rua da minha infância lembra-me do poeta. “Quando passo por aqui/ Saudade bate aqui dentro/ Momentos felizes que vivi/ Imagens perdidas pelo tempo.” Passo ligeiro, as recordações são grandes, existem lembranças tristes de pessoas amigas que moravam na rua ou adjacências. Lembro-me de mamãe, papai, minha irmã Niris, meu cunhado Raimundo Jovino, meus amigos Aldacir e Aldemir Vilar, João (Joca) e Eduardo Rodrigues, Duda e Mário Moura, Ivan Leite, Carlinhos Dumaresq, Marcio Marinho, Álcio Suassuna, João Bosco e outros que não recordo

A rua da minha infância, é a continuação da Rua Ulisses Caldas, começa na Av. Deodoro e termina na Av. Hermes da Fonseca, perpendicular a capela do colégio Maria Auxiliadora.

Quando chegamos lá para morar, a rua não era calçada nem pavimentada, piso do solo natural, areia e argila. No inverno tinham trechos que se formavam lagoas que a gente ia brincar soltando pequenos barcos, feitos de folhas de papel ou com os sapos, que fez por outra apareciam.

Jogava-se futebol no meio das ruas, e até mesmo depois de calçadas com paralelepípedos. Ainda assim não abandonamos as peladas nas calçadas.

A Rua Moçoró era o ponto de encontro da “galera”. Nessa época dividida em turmas, então da Rua Otávio Lamartine até a Rua Assú e tendo como limite as Avenidas Deodoro e Hermes da Fonseca toda meninada/rapaziada que morava neste retângulo, ia para as reuniões na Rua Moçoró.

Lembro-me de alguns moradores ilustres, Seu Madruga, Aristófanes Fernandes, Senhor Rochinha, Dante de Melo Lima, Aderbal de França, Djalma Marinho, Eider Furtado, Aderson Eloy, José Barbosa de Farias, Cloro Leal, Olímpio Procópio, Iderval Medeiros, Paulo Sobral, Antonio Justino Bezerra, José Emerenciano, Francisco Maia, João Rodrigues, José Procópio, Alexis Reis, Paulo Brandão, Chico Lafayete e outros que a memória não ajuda no momento.

Coisas do passado, não havia quase veículos circulando pelas ruas, além do futebol jogado na rua, brincávamos de tica, bandeirinha, esconde esconde, pega ladrão, bolas de gude e muito outros. Na rua tinha tantos terrenos baldios que a noite a brincadeira era pegar vaga-lumes e colocar dentro de um pequeno depósito de vidro, para ver eles piscando a noite.

Guga Coelho LealEngenheiro e escritor

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

 

Ponto de Vista

Recent Posts

COTAÇÕES DO DIA

DÓLAR COMERCIAL: R$ 6,0580 DÓLAR TURISMO: R$ 6,2700 EURO: R$ 6,2260 LIBRA: R$ 7,4060 PESO…

12 horas ago

Mãe celebra nota 920 de filho autista na redação do Enem e gera comoção nas redes sociais: ‘Sempre soube do potencial dele’

Gabryel Vinícius, um jovem autista de 21 anos, natural de Caicó, a 272 km de Natal,…

12 horas ago

RN aumentou cobertura de vacinas de rotina em 2024, diz Sesap

O Rio Grande do Norte voltou a registrar crescimento da cobertura vacinal da população em…

12 horas ago

Norovírus é resistente ao álcool em gel; saiba qual é a melhor forma de eliminar o microrganismo

O álcool em gel não é tão eficaz contra o norovírus, microrganismo causador do surto de…

12 horas ago

Ciclista fica ferido após ser atropelado na BR-304 em Mossoró; motorista foge do local

Um ciclista ficou ferido após ser atropelado na noite da segunda-feira (13), no km 39…

13 horas ago

Homem saca arma de fogo e aponta para outro durante briga em festa no interior do RN

Um homem sacou uma arma de fogo e apontou para outro durante uma briga na…

13 horas ago

This website uses cookies.