DAS CRÔNICAS E SEUS ARTESÃOS – 

Alguns curiosos, não possuindo muito embasamento para reconhecerem um texto, enquanto etilo literário, nos questionam como devemos classificar uma crônica e quais são as regras para reconhece-la e caracterizá-la.

Aqueles que trabalham a língua portuguesa, em geral nos respondem que a crônica  deve discorrer sobre fatos cotidianos. Nela, se deve usar uma linguagem informal, dissertando sobre circunstâncias familiares, com linguagem próxima à coloquial, como se o narrador utilizasse a linguagem oral para torna-la mais íntima e mais próxima da realidade.

Entre as crônicas, não é difícil encontrarem-se construções líricas, despojadas da técnica e da erudição, comum aos notáveis. Quase sempre, as crônicas são detentoras de muita leveza!

Nas crônicas é comum utilizar-se o humor para inserir-se em seu contexto, de maneira disfarçada, um assunto sério.

Uma notícia inserida numa publicação de hoje, não consegue atrair ou empolgar o leitor de amanhã. Uma crônica tem vida curta!

Em geral, também, as crônicas não exigem elaboração sofisticada. Ela deve ter em seu arcabouço algo de naturalidade.

Os mais eruditos dizem que a crônica é uma narrativa, segundo a ordem temporal.

Porém, a crônica não é um gênero literário de menor expressão,  ela é um gênero literário essencialmente criado com objetivo de veiculação na imprensa, em quaisquer veículos, fazendo uma familiaridade entre o escritor e tantos quantos a lêem.

Dizem os críticos literários que a crônica é primordialmente, um texto escrito para ser publicado em jornais e revistas. Assim o fato de ser publicada nesses meios já lhe determina vida curta, pois à crônica de hoje seguem-se muitas outras nas próximas edições.

Há outras características que não podem ser relegadas ou esquecidas! A crônica tem uma dinâmica que lhe é própria.  Peculiar! É o fato de ela não poder afastar-se da celeridade. De sua celeridade! De seu “status”. enquanto estilo literário.

Ainda,  continuam os comentaristas, em análise criteriosa e lúcida: .”Ao desenvolver seu estilo e ao selecionar as palavras que utiliza em seu texto, o cronista está transmitindo ao leitor a sua visão de mundo. Ele está, na verdade, expondo a sua forma pessoal de compreender.

Eis como penso e conceituo as crônicas e externo  meu respeito aos  artesãos dessa arte de escrever.

 JANSEN LEIROS – Escritor, membro do IHGRN

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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