MURILLO –
Bartolomé Esteban Perez Murillo, célebre pintor barroco, espanhol, nasceu em Sevilha, em 31 de dezembro de 1617, e morreu em Cádis, em 3 de abril de 1682. Figura ao lado de outros grandes pintores como Caravaggio, Rubens, Rembrand, Vermeer e Zurbaran. Como figura central da Escola de Pintura de Sevilha, Murillo teve vários discípulos e seguidores de seu estilo, levando sua influência até o século XVIII. Foi também o pintor espanhol mais conhecido e apreciado fora de seu país, no mesmo período.
Filho caçula de uma família de 14 irmãos, seu pai, Gaspar Esteban, era um próspero barbeiro, também cirurgião e dono de alguns imóveis, que, posteriormente, tornaram-se fontes de rendas para o pintor. Sua mãe, María Pérez Murillo, era de uma família de ourives e de pintores. Bartolomé adotou o sobrenome da mãe em seu nome. Seu pai morreu em 1627 e sua mãe, poucos meses mais tarde. Murillo tinha pouco mais de nove anos. Ficou, então, aos cuidados da sua irmã Ana, que era casada com um barbeiro, de nome Juan Agustín de Lagares.
Murillo é o pintor que melhor define o barroco espanhol. Discípulo do pintor Juan del Castillo, parente de sua mãe, recebeu sua influência. Em 1645, pintou treze quadros para o Convento de São Francisco, em Sevilha, onde se poderia notar, agora, a influência de Van Dyck, Ticiano e Rubens. O sucesso desse trabalho o projetou no meio dos grandes pintores, atraindo inúmeras encomendas. No mesmo ano, casou-se com Beatriz Cabrera y Villalobos, com quem teve nove filhos. Na peste de 1649, que assolou a cidade de Sevilha, quatro de seus filhos morreram.
Murillo fundou a Academia de Desenho de Sevilha em 1660, em parceria com Francisco de Herrera el Mozo. Seguiu para Madri em 1658, onde conheceu os pintores Diego Velázquez, Francisco de Zurbarán e Alonso Cano. Lá, familiarizou-se com a pintura flamenga e veneziana. Alguns meses depois, voltou para sua terra natal. Seu reconhecimento aumentava, assim como as encomendas, permitindo-lhe ter uma vida tranquila com sua família. Também contribuíam para isso as propriedades deixadas por seus pais, como herança. O pintor sofreu um grande trauma, quando a esposa Beatriz morreu de parto, em 1663.
O período mais produtivo de Murillo se iniciou em 1665, quando pintou “O sonho de Patrício” e “Patrício relatando o sonho para o Papa” para a Igreja de Santa Maria Blanca. Foi nessa época que fez a decoração do templo do Hospital da Caridade de Sevilha, o que o levou a ser conhecido em todo o país, principalmente na corte madrilenha. O próprio Rei Carlos II convidou o pintor para residir em Madri, convite que ele recusou, alegando idade avançada.
Em 1681, iniciou o seu último trabalho na Igreja Santa Catarina de Cádiz. Quando trabalhava num andaime mais alto, sofreu uma queda e veio a falecer três meses mais tarde, no dia 3 de abril de 1682. Foi enterrado na Igreja da Santa Cruz, posteriormente destruída durante a ocupação dos franceses em 1811. Em sua honra, os populares fizeram um enorme funeral. Para se ter ideia da sua fama, o seu caixão foi carregado por dois marqueses e quatro cavaleiros. Mesmo hoje, na atualidade, Murillo continua a ser muito conhecido.
Sua pintura “IMACULADA CONCEIÇÃO DO ESCORIAL (1678)”, de profundo sentimento religioso, uma representação da “MADONA NO REINO DOS CÉUS”, foi encomendada para o Hospital de los Venerables Sacerdotes de Sevilha. A obra pode ser vista no Museu do Prado, em Madri, na Espanha. A história desse famoso quadro está registrada num belíssimo poema, da autoria de Dom Augusto Álvares da Silva.
Violante Pimentel – Escritora
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