AS APARÊNCIAS E A ESSÊNCIA –
Quando vemos as belezas naturais, uma planta, uma flor, uma cachoeira, uma montanha, o céu estrelado, e enxergamos a aparência das coisas, superficialmente, muitas vezes, esquecemos a Essência que lhes dá vida, Deus. O mesmo se aplica quando olhamos para uma pessoa – se virmos apenas a aparência, não perceberemos o Espírito que lhe anima, que lhe dá vida!
Os mundos, com tudo que nele há, representam a criação de Deus – Ele os criou e Ele os mantém com o Seu poder, com a Sua presença.
Quem olha para a criação e vê o Criador, deve olhar o seu irmão e ver a Divindade que o criou. Quem olha para cima e vê a abóbada celeste, deve enxergar a grandeza dos “Céus” que esse céu, o firmamento, tenta representar.
Em inglês, existem duas palavras para céu, com significados totalmente diferentes: Sky, para representar o firmamento; e Heaven, para representar o paraíso. Em português, chamamos ambos, firmamento e paraíso, de céu.
No versículo primeiro do Salmo 19, o salmista deixa transparecer a diferença, quando diz: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos”, como que quisesse separar os “céus” – a habitação do Espírito -, do firmamento – o espaço sideral.
No Evangelho, segundo o Apóstolo João (3:13), ele consigna: “Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que veio do céu: o Filho do homem”, referindo-se a Cristo, Espírito, Vida.
Em Primeiro Reis, 8:27, encontramos: “Mas será possível que Deus habite na terra? Os céus, mesmo os mais altos céus, não podem conter-te. Muito menos este templo que construí!” – reconhecendo que a criação não comporta o Criador – Deus É e está além das coisas criadas.
E, finalmente, o autor do Apocalipse (21:1) esclarece: “Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia.” E aqui está a nova visão do homem que se fez consciente, que encontrou a sua Essência e a Essência de tudo que existe, Deus.