As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 10h20 desta terça-feira (21), 40.931 casos confirmados de infectados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 2.597 mortes pela Covid-19.
As mortes estão concentradas nos estados de São Paulo (1.037), no Rio de Janeiro (422) e no Ceará (206), e crescem em ritmo acelerado: quase mil delas ocorreram nos últimos sete dias.
Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde no fim da tarde de segunda (20) indicava 40.581 casos e 2.575 mortes no país.
Sistema de saúde no limite
Dados da Associação Brasileira Médica apontam que, em um mês, médicos registraram 3.181 denúncias sobre falta de equipamentos de proteção individual (EPI) no atendimento a pacientes com Covid-19. São Paulo, Rio e Porto Alegre são as cidades com mais registros de reclamações.
No estado do Rio de Janeiro, em quatro semanas, mais pessoas foram internadas por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) que em todo o ano de 2019, segundo levantamento com base em dados da Fiocruz. Os dados, segundo especialistas, apontam para a subnotificação dos casos do novo coronavírus.
Em São Paulo, por outro lado, a fila de testes de Covid-19 que aguardam análise caiu de mais de 20 mil na semana passada para 4,1 mil nesta nesta segunda-feira (20), segundo informações do Instituto Butantan.
As unidades de terapia intensiva (UTI) de Manaus já chegavam ao seu limite de atendimento. Por falta de vagas e de pessoal, os hospitais já não conseguem atender todos os pacientes. O governo do estado declarou que o sistema de saúde do Amazonas está entrando em colapso.
No Ceará, 100% das vagas de UTI estão ocupadas e o número de leitos também está perto do limite.
Em Pernambuco, segundo o secretário de Saúde do estado, André Longo, 99% dos leitos de UTI da rede pública dedicados aos pacientes infectados pelo novo coronavírus também estão ocupados.
O novo ministro da saúde, Nelson Tech, pouco tem falado nas suas primeiras reuniões à frente da pasta, apontou a coluna de Gerson Camarotti. Prefere ouvir. Tem repetido reiteradas vezes aos interlocutores que ainda está tomando pé da situação no ministério.
Nesta segunda, participou de reunião com os governadores do Nordeste. Evitou falar das medidas de isolamento social, alvo de polêmica entre governadores e o presidente Jair Bolsonaro, e pediu um relatório com a situação e as demandas de cada estado.
“Ele foi atencioso. Foi muito econômico nas falas. Mais ouviu do que falou. Disse que responderia na quinta, depois de ver projeções de cada estado. Não quis comentar nada sobre distanciamento social”, afirma Rui Costa, governador da Bahia.
Fonte: G1