ATRIBULAÇÕES DE UM PREGADOR –
Veja que beleza de narrativa do apóstolo Paulo em 2 Coríntios 11.24-33: “Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase? Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza. O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é eternamente bendito, sabe que não minto. Em Damasco, o que governava sob o rei Aretas pôs guardas às portas da cidade dos damascenos, para me prenderem. E fui descido num cesto por uma janela da muralha e assim escapei das suas mãos”.
Sabe-se que toda a Bíblia, desde o Pentateuco, os cinco livros de Moisés, até o Apocalipse de João, tudo foi inspirado pelo Espírito Santo. A reflexão que ora faço constata que todos aqueles que escreveram a História Sagrada passaram por provação. Principalmente, os escolhidos e convertidos para a propagação da fé após a ressurreição de Jesus. Todos perseguiram os cristãos: judeus, romanos, árabes, mulçumanos, comunistas, nazistas, fascistas etc., etc.
Mais adiante, no capítulo 12.10, o próprio Paulo ensina: “Sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte. O meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Que belíssimo exemplo de humildade e humanidade comum.
Por que essas deduções hoje? Ora, na modernidade do nosso tempo outras perseguições contra o cristianismo se manifestaram através de muitos fatores. Da parte da ciência (a tecnologia está mais a serviço do mal do que do bem), da libidinagem pedagógica dos meios de comunicação (novelas, filmes etc.), da liberalidade da pornografia, dos costumes (casamento entre homossexuais), da negação da divindade de Jesus através de falsas alegações arqueológicas na Terra Santa, da divulgação sistemática da malignidade, modismos religiosos, a mornidão espiritual, a falta de amor pela violência, os efeitos perniciosos do mundanismo na família e a educação materialista no seio da infância e da juventude.
Esses são poderes diabólicos hodiernos que substituíram a espada, o apedrejamento, a prisão, a crucificação, a deportação e a tortura de antigamente. O cristianismo, os ditames bíblicos, são perseguidos pela inversão e subversão dos valores morais e éticos. Não há mais regra, rumo nem prumo. Tudo está se transformando em bandalheira. A maioria do povo não lê a Bíblia para encontrar, compreender e evitar todos os malefícios. Uma leitura da palavra de Jesus Cristo através dos quatro evangelistas ou dos Salmos de Davi, números 1, 4, 6, 23, 30, 40, 91, 121, 140 e tantos outros, você se sentirá leve e espiritualizado. “Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”, disse Jesus em Mateus 11.30. Vale a pena. Muito mais do que os chatos iguais a Paulo Coelho.
O planeta que hospeda a humanidade está aflito. Não por causa de Deus ou dos elementos naturais que Ele criou. Mas, por culpa do maior predador do universo: o homem. Deus sempre foi misericordioso com o mundo. Tanto antes quanto depois de o seu Filho unigênito ser mutilado na cruz para remissão dos nossos pecados. Sacrifício vicário a fim de que se cumprissem as Escrituras. E Assim caminha a humanidade para a autodestruição numa encruzilhada que nem o gênio e a sabedoria científica dos geógrafos, geólogos, oceanógrafos, geobotânicos, astrônomos, biólogos e ecologistas podem deter ou evitar a catástrofe.

Valério Mesquita – Escritor, Membro da Academia Macaibense de Letras, Academia Norte-Riograndense de letras e do Conselho Estadual de Cultura  e do IHGRN– [email protected]

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