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O Estado teve um crescimento de 16% na sua capacidade de investimento, registrado no 2º quadrimestre. A informação é do secretário estadual de Planejamento e Finanças, Obery Rodrigues, que em reunião com os membros da Comissão de Finanças e Fiscalização da Assembleia Legislativa, na manhã de hoje (23), apresentou o balanço das receitas e despesas da administração. Obery informou que os 16% representam uma média de R$ 116 milhões, investimentos oriundos do tesouro do Estado, convênios com o Governo Federal e de operações de crédito.

Na ocasião, o secretário de Planejamento apresentou tabelas com números referentes as receitas e despesas, taxa mínima anual de crescimento real da receita tributária, dívida em relação à receita líquida real, gastos com investimentos, entre outras informações. Sobre as receitas totais, Obery afirmou que houve um crescimento de 4,49%, já as despesas, um aumento de 7,2%. “O grande problema do Estado é o desequilíbrio entre a receita e despesa”, afirmou.

Obery informou que a receita tributária do tesouro cresceu entre 8% a 9%, com relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, o secretário disse que esse crescimento não se comporta conforme estimado no orçamento. “O Governo Federal já publicou o 4º decreto de reprogramação orçamentária. E em cada um, diz aos Estados, aos Poderes Legislativos e Judiciários Federais que a receita não está acontecendo com pensaram”, declarou.

Um dos agravantes destacados pelo secretário, no que se refere à receita está os repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) feitos pelo Governo Federal. Segundo Obery, no mês de outubro era esperado o valor R$ 227 milhões e o que vai se realizar são R$ 174 milhões. “Evidente que isso gera um impacto. O Estado está no limite da sua capacidade. O Governo não está escondendo sua receita. Peço que os especialistas se mobilizem e verifiquem os recursos do Estado. Irão constatar que a situação é essa”, declarou.

O secretário explicou que a receita referente aos convênios e operações de crédito é diferente, pois têm destinação específica. “Quando uma secretaria faz convênio com o Governo Federal, os recursos são utilizados de forma exclusiva. É obrigatória a abertura de uma conta onde serão depositados esses recursos, que não se pode mexer. O dinheiro é administrado pelo titular da pasta. E nessa conta o Governo tem obrigação de dar contrapartida”, explicou.

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