AUSÊNCIAS INSTITUCIONAIS –

Heródoto – Pai da História –, nascido há mais de meio milênio antes da chegada do Rabi, na cidade de Helicarnasso, hoje a turca Bodrun, seguidor de Hecateu de Mileto, representa o historiador extraordinário a interagir com o conhecimento da Antiguidade, mostrando-nos a historicidade civilizatória dos povos e suas evoluções e involuções.

É a história antes e depois de Heródoto, que a respeito dizia:

“A adversidade tem o efeito de atrair a força e as qualidades de um homem que
as teria adormecido na sua ausência.”

O Pai da História aplicou a tradicional ideia grega da moderação, pela qual “o equilíbrio é desejável, e o excesso e o desequilíbrio são a receita para o desastre.”

Todavia, o grego ensinava, também:

“As grandes coisas são obtidas à custa de grandes perigos.”

Hoje, dia 7 de setembro de 2022, quando a nação brasileira festeja o bicentenário de sua independência, o povo reunido em todo o território nacional, de forma serena e respeitosa, foi às ruas, a celebrar a festividade cívica.

Na condição de pioneiro da Capital da Esperança – Presidente do laureado Clube dos Pioneiros de Brasília por mais de doze anos –, jamais havia visto a presença do povo nas ruas, a clamar por liberdade e democracia, em tamanha dimensão e grandeza.

Como simples cidadão ítalo-brasileiro, observei a ausência dos presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal (representantes do Congresso Nacional), bem como o do Supremo Tribunal Federal, que compõem a tríade dos poderes do Brasil.

Fui à Esplanada dos Ministérios e vi um mar, um mar de gente!

Omitiram-se, vergonhosamente, disseram-me alguns, que se aperceberam, também, das ausências dessas autoridades no palanque tradicional.

Medo das vaias e apupos do povo?

Receio indizível do vozerio da massa, que sofre os vilipêndios diários, urdidos de forma vil?

Talvez, quiçá, quem sabe? As urnas dirão…

Senão, o povo e a Constituição dirão na plenitude de seus direitos inalienáveis, fixadores da
soberania.

Lastimável e injustificável procedimento que apequena e denigre as entidades as quais dizem representar, guindando-os ao patamar da mediocridade comportamental, pois a liturgia nos cargos não perdoam historicamente essa desfaçatez cívica.

O povo brasileiro dará cobro! Como sempre deu!

Costumo afirmar que o “tempo é o senhor das ações” – mera criação dos homens, que projeta ao esquecimento rápido daqueles passageiros agônicos, desprezíveis sob o manto da respeitabilidade cívica.

A Ética ainda vigora na espinha dorsal do povo simples e conservador, que não se curva às diatribes e insanidade de alguns anárquicos de plantão.

O Brasil é um país de povo ordeiro e trabalhador a solidificar sua nação e jamais se submeterá à ideologias malsãs, propugnadas pelo Fórum de São Paulo e entidades espúrias internacionais, responsáveis pela ladroíce estatal.

De forma lapidar, Heródoto afirmava em seus ensinamentos:

“São as circunstâncias que governam os homens, não os homens que governam as circunstâncias”.

 

 

 

 

 

 

 

 

José Carlos Gentili – jornalista

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