BAJULADOR OU O FARSANTE DO PODER –

Bajulador, cujo vocábulo originado cientificamente da raiz latina “bajulatorius hominis”, era conhecido nas monarquias e impérios, na sua acepção mais rude, como o “bôbo da corte”, evoluiu na democracia para o farsante do poder, porque, muitas vezes, sem méritos intelectual e ético, pode aniquilar pessoas verdadeiramente sábias decentes.

Nos governos, o adulador, com a sua facilidade para a exaltação falsa e o dom pernicioso da intriga, afasta amigos verdadeiros e se infiltra na cúpula administrativa, geralmente com trejeitos e afagos à mãe, filhos, esposa ou sogra do “chefe”. Quando menos se espera, é figura de proa, dando cartas e distribuindo ordens. Entretanto, na batalha sangrenta, onde a vitória e a derrota ficam indefinidas, o chaleira, desesperado, posiciona-se dos dois lados, acendendo uma vela ao atacante e ao atacado, a Deus e ao diabo…

É um ser tão frágil de caráter que não tem auto-estima, opinião pessoal e amor próprio.

No dizer de Diogo Guerra “o bajulador é um hermafrodita, um assexuado político, cujo prazer e orgasmo é puxar saco e adular”. Aliás, por isso mesmo, um péssimo conselheiro e desleal auxiliar. É um ser flutuante, vive à deriva…

Costuma usar expressões estudadas, que se fossem sinceras seriam ótimas. Frases que não são absolutamente proibidas de serem ditas por um amigo, desde que saídas do coração. Porém, jamais por um farsante e interesseiro.

Um puxa-saco gabaritado é identificável a léguas de distância, pela sua insinceridade, concordância total com o seu superior hierárquico e, às vezes, terrível agressividade contra inferiores ou iguais, importando que apenas estas atitudes peçonhentas possam de alguma forma angariar simpatia e confiança do “chefe”. Concorda ou discorda de tudo e de todos, buscando sempre vantagem pessoal.

É um trânsfuga, camaleão, mimetista, um ator inescrupuloso e de múltiplos artifícios, mesmo que lhe custe toda a honra e dignidade. Para ele o que importa não são os meios, mas os resultados (é um Maquiavel barato), que por vezes na conquista de um cargo mixuruca, benesse insignificante, vende a honra e a alma ao demônio. Não importa! Continuará a sua jornada chaleirística, até que o seu ídolo momentâneo sucumba e ele passe a ser fiel escudeiro do novo mandatário, paparicando este e espinafrando o anterior.

O lambe-botas profissional é grudento, pegajoso, desprovido de dignidade e orgulho; é um mentiroso contumaz.

O “homo sapiens” puxa-saco não prima pela fidelidade. É leviano tal qual cachorro vira-lata que ladra e lambe os pés do seu dono (digo, chefe) conforme o osso que irá roer, medido pela hierarquização do seu domador (ou ídolo?) ocasional.

Todo xexeléu é arrogante para os fracos, chegando ao extremo da valentia, mas fraco e amedrontado ante os poderosos.

No Brasil, convencionou-se como o dia do puxa-saco o 13 de setembro, que é comemorado com cinismo por muitos profissionais do puxa-saquismo, notadamente nas repartições públicas, onde esta praga encontra campo fértil para germinar, enganar, crescer e vencer…!?

Na marcha carnavalesca “o cordão dos puxa-sacos”, do compositor Eratóstenes Frazão e cantada pelo conjunto “Anjos do Inferno”, nos anos 60, retrata com maestria os xeleléus: “Vossa Excelência, Vossa Eminência/Quanta reverência nos cordões eleitorais/Mas se o doutor cair do galho e for ao chão/A turma toda evolui de opinião.” E fechava com o refrão, que hoje é famoso: “e o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta mais.”

Entrementes, a bem da justiça, ressalvo que ser atencioso, tratar com respeito e reverência às pessoas certas nas horas certas, evitar críticas desconstrutivas e desnecessárias, elogiar a vitória de alguém, apoiar quem precisa (rico ou pobre), ser abnegado ao trabalho e aos amigos e exaltar quem merece não é ser bajulador. Ao contrário, é ser autêntico, humilde e sincero consigo e com os outros, inclusive com o superior hierárquico.

 

José Adalberto Targino Araújo – Advogado e professor, membro catedrático da Academia Brasileira de Ciências Morais e Políticas.

 

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4 respostas

    1. IMBECIL E INVEJOSO QUE SE ESCONDE NO ANONIMATO COVARDE PARA AGREDIR SEM ARGUMENTOS OU RAZÕES DE ORDEM ÉTICA OU SOCIAL.LIXO HUMANO!

  1. Dr,Adalberto Targino jamais precisou de alguém para a sua honrada trajetória profissional em três Estados.Sempre caminhou pelas portas dignas e independentes do CONCURSO PUBLICO,tendo aprovação e nomeação para os cargos relevantes de PERITO CRIMINAL,DELEGADO DE POLICIA,,PROFESSOR ,JUIZ DE DIREITO,PROMOTOR DE JUSTIÇA,PROCURADOR DOS ESTADOS DA PARAIBA E RIO GRANDE DO NORTE. Por eleições livres e soberanas foi lider estudantil,vereador,Presidente de Câmara Municipal,Presidente Regional da ASCB,Presidente por 2 vezes da Associação dos Procuradores do Estado,Procurador Corregedor-Geral da PGE eleito por 3 vezes,Presidente da Câmara de Ètica e Disciplina por 3 vezes,e como técnico com 3 graduações e e duas pós-graduações foi convidado-sem politicagem-para os cargos de Secretário de Estado da Justiça,Cidadania e Meio Ambiente:Secretário da Segurança Pública,Procurador Geral do Estado e Controlador Geral do Estado.Aceitou quando quis e saiu sempre por livre vontade.Jamais foi condenado por qualquer tipo de irregularidade,improbidade ou crimes de qualquer natureza.Recebeu todas as honrarias e homenagens dos Poderes Executivo,Judiciário e Legislativo por iniciativa livre e expontânea dessas autoridade.
    .inclusive pela imprensa e órgãos de elevado respeito do RN,PB e RJ.

  2. A inveja é uma doença e um vício devastador…a vontade de imitar e ficar no lugar do outro. A arma do despeitado é a difamação,quase sempre no anonimato covarde.Quem brilha com luz própria e tem vida limpa e história construtiva incomoda os medíocres e frustrados.Afinal,só se atira pedras em árvores com maduros e sadios frutos. O filhos mais ilustres e honrados do RN,PB,CE e RJ conhecem a bonita,exemplar ,culta e honesta história de vida pessoal,profissional e social do grande homem Dr.Adalberto Targino,principalmente por ter começado de baixo e galgado as maiores posições por muito suor,estudo,trabalho diuturno e aprovação em muitos concursos públicos,sempre sereno,digno,leal,justo e competente. EU SOU TESTEMUNHA OCULAR E AURICULAR DE SUA HERÓICA HISTÓRIA. O jornalista e escritor potiguar/paraibano Abimael Morais escreveu uma mini-biografia dele a qual publicou no Jornal Correio da Paraiba e no livro Perfis de Corpo Inteiro com o sugestivo título ” ADALBERTO TARGINO:LIÇÃO DE VIDA E TENACIDADE”. Targino foi líder estudantil e locutor aos 17anos,Perito Criminal concursado e cursado aos 20 anos e simultaneamente Diretor do Colégio Estadual da sua terra natal e Presidente da Câmara de Vereadores. Aos 24 anos foi Adjunto de Promotor de Justiça da Comarca de Jacaraú-PB e aos 26 anos Juiz de Direito Suplente,aos 27 anos tinha 3 formaturas universitárias(Ciências Juridícas e Sociais,Administração e Pedagogia),ocasião em que foi Assessor Jurídico da Secretaria da Saúde do Estado/PB.Aos 28 anos foi alçado ao cargo de Delegado de Policia Judiciária (titular da Delegacia de Ordem Econômica,Armas e Munições,Segurança Bancária,Anti-drogas e Policia Interestadual-POLINTER),pioneiro Superintendente de Policia Civil do Brejo e Curimataú(sediada em Guarabira) e Superintende de Policia de Campina Grande.Logo após, foi aprovado em 2o lugar no concorrido concurso público para o cargo de Promotor de Justiça,foi Procurador do Estado da PB e do RN e nunca mais parou de escrever artigos e poesias,passar em concursos ,fazer palestras,foi Secretário de Estado(Executivo ou titular) durante 5 vezes,sem bajular,sem posição politica,mas sempre convidado como técnico competente,experiente,honesto e leal,e sem jamais ter sido condenado por qualquer deslise. Sei também que jamais tirou férias ou licença em toda sua abnegada vida pública.Se for ler o curriculum dele,com cursos,concursos e homenagens do Executivo,Legislativo , Judiciário e Imprensa passaria o dia inteiro.Meu amigo não precisa de elogios,mas de justiça e respeito.

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