O Rio Grande do Norte começa o ano com o saldo positivo na balança comercial, o maior para o mês de janeiro desde 2013. As exportações encerram o mês com um volume negociado da ordem de US$ 34,3 milhões, enquanto as importações no período chegaram a apenas US$ 13,5 milhões, um dos piores resultados no mês dos últimos cinco anos.
Isso gerou um superávit na balança comercial potiguar de R$ 20,7 milhões, saldo 279,5% maior que janeiro do ano passado, quando o saldo resultou em US$ 5,4 milhões. Nesse período, foram registrados um crescimento de 56,8% do valor das exportações e, em contrapartida, uma retração de 17,3% das importações.
O saldo positivo da balança foi motivado principalmente pelas exportações de melões (US$ 16,2 milhões), sal (US$ 3,9 milhões), melancias (US$ 3,9 milhões) e castanhas de caju (US$ 2,4 milhões). Já os produtos que mais contribuíram para a pauta de importação em janeiro foram o trigo e as misturas com centeio (US$ 7,5 milhões), caixas de papel (US$ 577 mil), copolímeros de etileno e ácido acrílico (US$ 445,8 mil) e polietileno (US$ 441,9 mil).
A análise do comércio exterior está entre as informações da 20ª edição do Boletim dos Pequenos Negócios, divulgada nesta segunda-feira (13) pelo Sebrae no Rio Grande do Norte. Trata-se de uma síntese conjuntural elaborada mensalmente pela instituição e visa condensar os principais indicadores e informações da economia potiguar com dados que influenciam direta ou indiretamente o segmento das micro e pequenas empresas e as bases produtivas do estado. A ideia é ter um parâmetro para mensurar a expansão ou retração da economia local. O material está disponível no Portal do Sebrae (www.rn.sebrae.com.br) na seção ‘Boletim Econômico para MPEs’.
O informativo econômico também aborda outro indicador importante, o saldo de empregos formais em janeiro. No primeiro mês do ano, o Rio Grande do Norte perdeu 2.955 vagas de emprego. Esse é o segundo pior resultado para idêntico período desde 2013, com a ressalva de que nesse resultado ainda não foi incorporada nenhuma informação de declaração de emprego fora do prazo.
De acordo com o estudo, janeiro é, tradicionalmente, um mês desfavorável à geração de empregos e somente em 2014 fora positivo, com 717 admissões a mais do que as demissões. Uma das explicações para esse comportamento é a sazonalidade das demissões nessa época, marcada pelo final de contratos de empregos temporários, ligados ao período natalino, principalmente no comércio.
O boletim também revela o número de formalizações na categoria de Microempreendedor Individual (MEI) no estado em janeiro. Segundo o boletim, foram registrados 1.555 novos negócios nessa figura jurídica, número que é superior ao verificado em janeiro do ano passado, quando o Rio Grande do Norte formalizou 1.146 empresas como MEI.
Fonte: G1