O consumo de energia elétrica ficou R$ 2,4 bilhões mais caro no primeiro trimestre devido ao reajuste das contas e à adoção do sistema de bandeiras tarifárias, apontam dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Apesar de elevar o gasto com energia, há quem veja nas bandeiras tarifárias efeito educador sobre o consumidor, que sensível ao aumento de preço, passa a usar a energia de forma mais consciente.
Cálculos da pesquisadora Amanda Schutze, doutoranda em Economia pela PUC-Rio, indicam que cada 10% de aumento da tarifa correspondem a uma redução de 1,53% no consumo. O estudo faz parte da edição de maio da revista “Conjuntura Econômica” do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/ Ibre), antecipado com exclusividade ao Brasil Econômico.
Para Amanda, a ferramenta tem um importante papel de apresentar um cenário realista da escassez hídrica ao consumidor, especialmente o doméstico, que sofreu com uma alta de 36,34% na conta de luz no primeiro trimestre, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Amanda reconhece que a retração do consumo não chega a ser uma resposta alta, mas considera suficiente para ser observada no planejamento do setor como um mecanismo de gerenciamento de demanda.
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