BIBLIOTECA NACIONAL DE ESPAÑA –

Costumo afirmar que os “livros serão os pergaminhos do Amanhã”!

A inteligência artificial, todavia, não desconstituirá os liames táteis dos homens com os livros, assim cogito.

As bibliotecas mundiais, atuais, são oráculos aos escritores, investigadores, que procuram dimensionar suas mentes e conhecimentos à cultura e ao ensino das sociedades em seus processos civilizatórios.

O desenvolvimento cultural de um povo, por sinal lento e gradual, somente alcançará patamares desejáveis, se passar pelo funil da Educação.

Não há alternativas!

O orbe já possuiu magníficas bibliotecas, tais como a de Alexandria, de Pérgamo (Turquia) de Nínive (Biblioteca de Assurbanipal), de Éfeso (Biblioteca de Celso -Turquia), que foram destruídas durante guerras, restando resquícios de papiros, pergaminhos, tabletes de argila com inscrições cuneiformes, a exibir uma mera projeção de suas reais grandezas.

Hoje, nos restam outras, algumas delas raros relicários, verdadeiros museus das letras e da escrita humanoide, a partir dos sumérios e acádios.

Biblioteca do Congresso (USA) – (a maior do globo com mais de 150 milhões de exemplares), Biblioteca Trinity College (Dublin), Biblioteca Real Gabinete de Leitura (Rio de Janeiro), Sala de Leitura do Museu Britânico (Londres), Gladstone´s Library (País de Gales), Tronso (Noruega/Ártico), Biblioteca Vaticana, Biblioteca da Fundação da Biblioteca Nacional (Brasil), Biblioteca Nacional de España, Biblioteca Angélica, em Roma (que mantém vínculo científico com a Academia de Letras de Brasília),  Biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa, Torre do Tombo (Portugal) e algumas outras menores, nas quais se esteve, também, à busca de ilustrações culturais.

Deve-se registrar, merecidamente, o trabalho insano da Real Academia Española, liderada anteriormente pelo filólogo José Manuel Blecua Perdices, juntamente com a competência organizacional da Biblioteca Nacional de España, ora com extensão de monumental arquivo de obras na cidade de Alcalá de Henares, terra de Cervantes, face o descomunal acréscimo de obras.

Afinal de contas, a língua de Cervantes hoje reúne 23 países de idioma hispânico, a integrar as seis línguas oficiais da ONU, além do inglês (língua franca, como já foi o grego e o latim), o francês, o árabe, o chinês e o russo.

Reitero, finalmente, “o tempo é o senhor das ações”.

 

 

 

José Carlos Gentili – Escritor 

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