O “Diário Oficial da União” (DOU) publicou nesta terça-feira (26) a indicação pelo presidente Jair Bolsonaro do diplomata Nestor Forster para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Agora, o Senado deverá submeter Forster a uma sabatina e decidir se aprova a escolha de Bolsonaro.
“Encaminhamento ao Senado Federal, para apreciação, do nome do Senhor NESTOR JOSÉ FORSTER JUNIOR, Ministro de Primeira Classe da Carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores, para exercer o cargo de Embaixador do Brasil junto aos Estados Unidos da América”, diz a publicação.
O nome de Forster ganhou força após a desistência do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, de assumir a embaixada em Washington. Eduardo anunciou no mês passado a decisão de permanecer no Brasil, em discurso no plenário da Câmara.
A desistência ocorreu em meio à crise interna no PSL. As desavenças entre aliados de Bolsonaro e do presidente da sigla, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), culminaram na saída de Jair do partido e no anúncio da criação do “Aliança pelo Brasil”.
Nos bastidores, funcionários do Itamaraty ironizavam a possível escolha de Eduardo para ocupar a embaixada e chegaram a ficar aliviados com a desistência do deputado.
Um dia antes do anúncio por Eduardo, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer, durante viagem ao Japão, que preferia que o filho permanecesse no Brasil para “pacificar” o PSL.
Em julho, Bolsonaro afirmou pela primeira vez que pretendia indicar o deputado para a embaixada. Desde então, Eduardo Bolsonaro visitou senadores a fim de obter apoio para a indicação, que precisa ser aprovada pelo Senado. Mas enfrentou resistência de parte dos parlamentares, e o governo nunca obteve a garantia de que teria votos suficientes para aprovar a indicação.
A situação ficou ainda mais difícil com a eclosão da crise no PSL, principalmente depois que um áudio revelou uma conversa telefônica de Jair Bolsonaro na qual pedia, supostamente a um deputado, apoio para que o filho assumisse como líder do PSL na Câmara.
Desde a “guerras de listas” registrada na Câmara dos Deputados, Eduardo passou a ser o líder do PSL na Casa.
Fonte: G1