A Polícia Militar faz operação em quatro comunidades na manhã desta terça-feira (19), entre elas, a Rocinha. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) está na comunidade e conta também com o apoio dos homens da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha e do batalhão do Leblon. Até as 7h30, não havia registro de confrontos e troca de tiros.
Os policias fazem um cerco na comunidade e percorrem as ruas da região em busca de traficantes. O Bope também faz operação no Morro do Vidigal, no Leblon, também na Zona Sul do Rio. O Batalhão de Choque faz operação no Morro do São Carlos, no Estácio, e no Morro dos Macacos, em Vila Isabel. A polícia também percorre ruas dos morros da Babilônia e Chapeú Mangueira.
No domingo (17), uma guerra entre traficantes começou na região, aterrorizando os moradores e deixando quatro mortos. Apesar de negativas da Unidade de Polícia Pacificadora local e da Polícia Militar, moradores relatam que a ordem para fechar os estabelecimentos partiu do traficante Rogerinho 157, que estaria escondido na parte alta da comunidade.
Na manhã desta terça, o comércio começava a abrir as portas por volta das 7h40. Os ônibus circulam normalmente na região, mas os ônibus escolares avisaram que não passariam pela região por motivos de segurança. Nesta segunda, devido aos confrontos, mais de 3 mil alunos ficaram sem aulas na região e quatro unidades de atendimento de saúde fecharam as portas. Nesta terça ainda não há informações sobre o funcionamento das escolas e dos postos de saúde da região.
As operações do Bope e do Batalhão de Choque nesta terça fazem parte do desdobramento da operação conjunta das polícias Civil e Militar que aconteceu nesta segunda (18) em busca de traficantes de diferentes facções que brigam pelo domínio do controle do tráfico de drogas na região.
Logo depois que o blindado da Polícia Militar e os agentes do Bope entraram na comunidade, muitos fogos foram ouvidos na região. Durante a madrugada não foi ouvido tiroteio. A Secretaria de Segurança Pública informou que a PM vai continuar reforçando o patrulhamento na região. Nesta segunda (18), parte do comércio na favela chegou a ser fechado.
Nesta manhã, a maioria dos moradores que tinham ficado sem energia elétrica tiveram a energia reestabelecida. O problema ocorreu porque os postes de transmissão foram atingidos pelos disparos. No entanto, cerca de 500 casas ainda estavam sem luz nmesta manhã. A Light informou que os técnicos da companhia só retornam à comunidade quando houver segurança para que eles possam trabalhar.
A unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha já tinha a informação de que criminosos planejavam invadir a comunidade a qualquer momento, como revelou o Jornal Hoje desta segunda-feira (18).
O grupo se reunia num morro no Centro do Rio e esperava, a qualquer momento, entrar na comunidade de madrugada — como, de fato, fez no domingo de manhã.
Não houve nenhuma ação para evitar a invasão e os confrontos que aterrorizaram os moradores. Pelo menos 70 bandidos vieram de fora e se juntaram a outros na Rocinha.
O objetivo era retomar o território que tinha sido ocupado pelo traficante que sucedeu Antônio Bonfim Lopes, o Nem, que cumpre pena no presídio federal de Campo Grande. A UPP da Rocinha trabalha com 700 homens.
Fonte: G1