BORBOLETÁCEAS –

A pandemia grassa e os estudiosos aprendem.

Este é um ciclo inevitável, árduo percurso do conhecimento humano, seara das aferições.

Recentemente, os centros epidemiológicos mundiais estão a projetar suas análises, enquanto aguardamos a eficácia vacinal de seus projetos.

O que fazer? Como comportar-se?  Assim, são indagações mil!

A ancianidade – depósito milenar das civilizações –, continua a orientar-nos, relembrando o refrão, sempre válido, como diziam nossos avós: “Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.”

Assepsia e moderação comportamental – um núcleo duro –, continuam ser alerta permanente para os incautos e exacerbados viventes. Lavar as mãos e usar máscaras parece ser risível hábito.

O ano de 2020 continua avançando no tempo e a representar um cadinho de inovações, de percepções, de análises, de conjecturas, de experiências, de vivências.

Somos prisioneiros de redomas invisíveis!

E, por falar em viver, hoje, numa sexta-feira, dia 13, que dizem ser um dia aziago, trago uma boa nova.

Boas novas são sempre alvissareiras, instigantes, a mover nossos ânimos.

Mais um livro vai para a pia batismal, recebendo o nome de VIVÊNCIAS, vindo a lume na próxima quinzena.

Uma produção literária, a feitio memorialista, a redesenhar para os pósteros o passado, o presente e as conjecturas do amanhã.

VIVÊNCIAS vem secundar A INFERNIZAÇÃO DO HÍFEN, que mereceu um galardão incomum, o Prêmio Nacional Antenor Nascentes, outorgado pela Academia Brasileira de Filologia.

E as nossas vidas continuam com boas novas sem hífen e boas-novas hifenizadas, estas últimas borboletáceas, a esvoaçar os meandros inimagináveis da Língua de Camões.

 

 

 

José Carlos Gentilli – Escritor, membro da Academia de Ciências de Lisboa e Presidente Perpétuo da Academia de Letras de Brasília

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