O cenário internacional desfavorável e alguns balanços corporativos aquém do esperado fizeram a Bovespa fechar em baixa de 0,74% nesta sexta-feira (29), aos 53.910,50 pontos. A queda foi atribuída a uma realização de lucros, uma vez que diversas ações acumulavam ganhos recentes. O volume de negócios totalizou R$ 9,04 bilhões. O Índice Bovespa chegou a ensaiar uma alta pela manhã, mas perdeu fôlego e voltou a passar por correções, tendo as bolsas americanas e os balanços como principais referências. Entre a máxima e a mínima do dia, o Ibovespa foi de 54.705 pontos (+0,72) a 53.592 pontos (-1,33). Apesar da volatilidade, profissionais afirmam que não houve sobressaltos no pregão, principalmente porque dólar e juros operaram em baixa significativa, refletindo perspectivas positivas nesses mercados.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, um dos destaques de baixa foi a Embraer ON, que recuou 3,88%, após divulgar resultado financeiro trimestral abaixo do esperado. Os papéis da BM&FBovespa recuaram 4,50%, depois que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou o rating de longo prazo em moeda estrangeira da bolsa de BB+ para BB, com perspectiva negativa. A decisão levou em conta um cenário hipotético de defaults no Brasil. Cesp PNB liderou as baixas (-4,51%). A baixa contudo não impediu a Bovespa de terminar abril com ganhos, principalmente na contabilidade em dólar. No mês, o índice teve alta de 7,70% em reais. Dolarizado, o Ibovespa subiu 12,52%.