BRASIL CONHECE PERFIL DO RN NO JN –
A “Intertvrn” (Rede Globo) e a jornalista Lídia Pace prestaram, no último final de semana, inestimável serviço à imagem do Rio Grande do Norte.
A Rede Globo de Televisão mostrou fidelidade aos seus milhares de telespectadores, ao promover o rodizio de representantes dos vários estados brasileiros, na bancada de apresentação do Jornal Nacional (JN).
A potiguar Lídia Pace representou o RN. Saiu-se muito bem! Mostrou desenvoltura, habilidade jornalística, poder comunicativo, empatia com o telespectador e boa dicção, qualidades fundamentais para o apresentador de um telejornal, do nível do Jornal Nacional.
Na sexta e no sábado, o país e o mundo (Globo Internacional) tomaram conhecimento do perfil social e econômico do Estado, principalmente as belezas turísticas, a produção de sal e de frutas tropicais.
Nas vésperas da comemoração de 420 anos de fundação da cidade de Natal, o JN prestou justa homenagem ao maior folclorista brasileiro – o conterrâneo Luís da Câmara Cascudo -, que carinhosamente chamou Natal “a noiva do sol”, a cidade brasileira de ar mais puro da América Latina.
O ponto alto do documentário editado pela equipe da Intertv foi lembrar a condição “privilegiada e estratégica” de Natal.
Já no século XVI, a Coroa preocupada com a invasão dos franceses no litoral brasileiro escolheu o território natalense, como o mais avançado das Américas, para a construção de uma fortaleza, que protegeria a Barra do Rio Grande (o atual Potengi) e a fundação de uma cidade a uma légua da fortificação.
Cascudo, em uma de suas “Acta diurna”, escreve que Natal “constituía uma das oito capitais do mundo, vértice onde se entrecruzam os meridianos de todas as comunicações”.
A II Guerra mundial ratificou tal importância estratégica. A cidade de Natal (RN) teve protagonismo especial e decisivo, na montagem do sistema de defesa das Forças Aliadas.
Na reunião realizada em Casablanca, Marrocos, os Presidentes Roosevelt, dos Estados Unidos; Winston Churchill, primeiro-ministro britânico e Charles De Gaulle, líder das forças francesas livres, analisaram o cenário beligerante, que se agravava face ao avanço crescente das forças nazistas do “Eixo” (Alemanha, Itália e Japão), no norte da África.
O serviço secreto aliado descobrira que Hitler projetava a invasão da cidade de Natal, para montar “trampolim de apoio” e atacar o canal do Panamá.
Pela proximidade ao Cabo São Roque, a reunião de Chefes de Governos em Marrocos identificou a localidade de Parnamirim, que à época pertencia ao município de Natal, para instalação da maior base da Força Aérea norte-americana em território estrangeiro.
Os Presidentes Getúlio e Roosevelt, a bordo de um “destroyer” americano, atracado na “Rampa” (Rocas), firmaram Acordo, na histórica “Conferência do Potengi” (28.01.43), quando nasceu a heroica Força Expedicionária Brasileira (FEB), incorporada ao 5º exército americano, com atuação no front de guerra da Itália.
O jornalista Felinto Rodrigues Netto lidera movimento, do conhecimento do Governo do Estado e da Presidência da República, para a realização em Natal de comemorações sobre o evento histórico da “Conferência do Potengi”, a semelhança da Normandia, Paris e Moscou, que preservam anualmente episódios marcantes da II Guerra.
A presença da jornalista Lícia Pace, na bancada do maior telejornal do país, divulgou o perfil turístico e econômico do “Grande Natal”, ao destacar a sua condição de ponto geográfico na América Continental, mais próximo da África e da Europa, que forma a maior fronteira “aérea e marítima” da América Latina.
Tal condição justifica a instalação de uma área de livre comércio, que seria a primeira no país, o que defendo há anos.
A eficiência do modelo das áreas de livre comércio, implantadas pelo líder chinês Deng Xiaoping, em substituição às ZPEs, gerou milhares de empregos globais, como aconteceu na China, “tigres asiáticos”, Índia, Leste Europeu, Estados Unidos, México, Peru, países africanos, Oriente Médio e Austrália.
Na América Latina, o RN é o espaço ideal para a instalação de um polo exportador e turístico, do tipo área de livre comércio. Mesmo com o descaso e as injustificáveis omissões históricas, talvez ainda haja tempo de “correr em busca do tempo perdido”.
Afinal, tem razão o refrão popular: “o pior cego é aquele que não quer ver, ouvir, nem acreditar”
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