O armador Zeba foi o grande destaque na vitória sobre a seleção do Chile, marcando sete gols

A maneira como a seleção brasileira de handebol conquistou sua vaga nas oitavas de final, ontem (23), vale mais como alerta do que como comemoração. O Brasil avançou no Mundial Masculino do Catar jogando mal a maior parte do tempo contra o pior time do Grupo A, o Chile. Mesmo assim, conseguiu vencer a partida por 30 a 22. Essa diferença de oito gols só foi obtida na parte final do confronto. Se em jogos anteriores, o time de Jordi Ribera viu pontos positivos nas derrotas para Espanha e Eslovênia, a partida contra os chilenos foi marcada por aspectos negativos. E deixa uma dúvida no ar: o Brasil, que ficou com a quarta vaga do Grupo A, está preparado para iniciar a fase decisiva do Mundial contra a Croácia, melhor time do Grupo B.

Ninguém ganha jogo de véspera. O favoritismo do Brasil diante do Chile evaporou. No primeiro tempo, a seleção brasileira colecionou erros. Predominaram, sobretudo, as falhas no ataque – o aproveitamento foi baixo, de apenas 55%.

Ribera pediu tempo logo aos nove minutos, com 5 a 2 contra. Pouco adiantou. Na metade da etapa inicial, com 15 minutos de jogo, a seleção brasileira só havia feito cinco gols. Nervosos, os jogadores brasileiros desperdiçavam contra-ataques. O ponta Borges chegou a reclamar com companheiros do time. No banco, Ribera não acreditava no desempenho de seus jogadores. Resultado parcial: 13 a 12 para o Chile, para quem o Brasil jamais havia perdido.

No segundo tempo, a seleção brasileira continuou passando sufoco Custou a virar o placar e só abriu uma vantagem considerável quando o jogo entrou em sua parte final . Com sete gols, Zeba foi o artilheiro do Brasil.

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