Um dos processos que devem ser simplificados, por exemplo, é a emissão de alvarás, que antes seguia as diretrizes do Código de Obras.
De acordo com a Fecomércio, as empresas nos portes atendidos pela lei correspondem a cerca de 87% das existentes no Estado, sendo que 78% delas são dos segmentos de Comércio e Serviços (sendo 45% no Comércio e 33% nos Serviços). Em Natal, elas representam 87% das empresas e responderam, no ano passado, por quase 95% dos novos empregos formais gerados.
Emendas
“O Projeto de Lei vai proporcionar celeridade e desburocratização dos processos de abertura e legalização das empresas, o que, sem dúvida, deve fomentar o empreendedorismo, e contribuir com a nossa economia”, afirmou o vereador Kleber Fernandes (PDT), líder do Executivo Municipal na Câmara, que apresentou 14 das 34 emendas parlamentares apreciadas na votação, entre elas a que revoga leis anteriores que tratam do mesmo mérito, e a que amplia a área do empreendimento em que se exige determinada quantidade de vagas em estacionamentos.
Ele também inseriu emendas que redefinem os graus de risco dos empreeendimentos em baixo, médio e alto e diferencia os processos de acordo com esses graus. Além disso, ficou instituída a utilização de meio eletrônico e também permitida a emissão de licença unificada que contempla todas as licenças sanitárias, ambiental e urbanística, classificadas como baixo e médio risco.
O vereador Fernando Lucena (PT) tentou retirar a exigência da apresentação do RRT (Registro de Responsabilidade Técnica), da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) e da cópia de carteira do responsável técnico do conselho de classe para pequenos empreendimentos, mas unificou a proposta com a do vereador Kleber, mantendo essa exigência nos casos previstos em legislação federal.
Outro ponto do projeto aprovado na Câmara é que duas ou mais microempresas com a mesma atividade poderão se instalar num mesmo endereço. “Dessa forma empresas pequenas podem se fortalecer, podendo dividir o mesmo espaço. É uma forma coletiva de reduzir gastos e sobreviver em meio ao mercado”, explicou a vereadora Divaneide Basílio (PT), autora desta e da proposta que prioriza micro e pequenas empresas e empreendimentos econômicos solidários em processos licitatórios.