Uma caminhada com mais de 200 pessoas percorreu 15 pontos do centro histórico de Natal na manhã dessa segunda-feira (15), feriado da Proclamação da República.

A “Caminhada Espaços Sagrados”, promovida pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), mostrou diversos pontos históricos do município, buscando resgatar e contar a história de Natal através das religiões.

“A ideia é exatamente conhecermos a cidade, o que por incrível que pareça é algo complexo e que cada vez as pessoas conhecem menos. Mas não basta isso, a gente conhece a cidade a partir de como as religiões influenciam a cidade: desenham ruas, constituem instituições, definem formas de ver a cidade, de se relacionar com ela e com a cidade”, explicou a coordenadora do projeto, a cientista social Irene Vandemberg.

Ao todo, foram quatro horas de caminhada e cerca de 3 quilômetros andados pelo centro histórico de Natal. A caminhada saiu da Praça das Mães, na subida da Ribeira para a Cidade Alta, e terminou no Cemitério do Alecrim.

O projeto surgiu como uma extensão do curso de teologia da UERN, que tem como base Natal. “Um familiar pedia pra vir, um amigo, a gente foi abrindo e foi uma adesão muito bacana”, explicou Irene Vandemberg.

Entre os pontos visitados, estava a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que tratou da presença negra em Natal, “que é um página pouco falada”, disse a coordenadora do projeto, além de contar história de escolas católicas e protestantes do município, festejos populares e devoção.

Um desses pontos visitados foi a Sinagoga Braz Palatnik, na Cidade Alta. “Eu passava por essa rua e nem sabia que tinha uma rua aqui”, disse o contador Arlian do Nascimento, que participou da caminhada.

“São lugares que boa parte da população não conhece e que eu considero importante conhecer e viver. O projeto chama memórias religiosas, mas a gente vai ativar na verdade essas memórias que não existiam na nossa vida”, pontua a professora Denise Araújo, uma das organizadoras do evento.

A caminhada terminou no Cemitério do Alecrim, o mais antigo da capital potiguar.

Fonte: G1RN

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