CAMINHOS MEUS – 

Ausente de Búzios por carecer ficar mais em Natal , -minha esposa precisou fazer alguns exames médicos e tive que ficar por aqui.

Como não tenho as dunas e a beira mar para caminhada matinal, estou indo ao Parque da Cidade onde tem uma natureza exuberante que enche os olhos e acalenta a alma saudosa da infância onde o viver em fazendas deixou uma lacuna de saudades .

Era um tempo onde a natureza se apresentava com uma flora e fauna exuberantes, que carrego comigo em imagens que ficaram na retina da memória lúdica e bemfazeja…

Hoje, logo no início da caminhada sou premiado com avistamento de saguis que ficaram me encarando entre curiosos e preocupados, temendo por sua segurança.

Sigo adiante , observo que alguns cajueiros ganharam folhagem nova e estão em floração. Logo, logo teremos cajus que alimentarão os animais que vivem no parque.

De repente aparece um sanhaçu, ave rara por essas bandas, logo depois um bando de anuns- pretos, com seu cantar característicos e que logo somem entre galhos frondosos.

Na mata tem bastante flores onde borboletas e beija- flores fazem a festa, sugando seu néctar enquanto acontece a polinização.

Na vegetação das dunas tem uma ave bem arisca e com um cantar característico, que sempre escuto pela manhã, enquanto caminho lá em Búzios . Nunca a tinha avistado e hoje ela se materializou bem na minha frente pousando no galho de uma frondosa árvore e pelo seu cantar descobri ser da mesma espécie que habita nas dunas de Búzios. Fui pesquisar e aprendi que se trata da aracuã muito comum aqui nesta vegetação de dunas.

No Parque da Cidade temos o som da mata, transmutado no barulho do silêncio, onde o viver
segue numa toada mais amena , em comunhão com os nossos ancestrais que carregamos na alma e que nesses momentos divinos se comunicam conosco em diálogos reativados através da nossa essência humana, como tem que ser…

Viva a vida!

 

 

 

 

 

José Alberto Maciel Oliveira – Representante comercial aposentado

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